Falha - O Quimono Vermelho

Kyungwan - O Quimono Vermelho

Você deixa o castelo de Utakata e se dirige até a área Urbana, mais afastada do centro do vilarejo.

Ao chegar no local designado você encontra uma senhora de idade parada em frente a loja do Doka, sobre a luz de uma lamparina a óleo pendurada em um poste... Ela lhe encara e espera, tentando lhe identificar em seus oito metros de distância.

Está frio, o céu se encontra nublado e com pouca luz lunar iluminando o ambiente...

Kyungwan - O Quimono Vermelho

Mesmo de longe, após chegar no local e encontrar a testemunha, Kyungwan anunciou que vinha em nome do castelo de Utakata, despertando a atenção da senhora que acenou.

Depois que se aproximou o suficiente a senhora de idade, com cabelos brancos e amarrados num coque preso com grampos em formato de lápis, vestindo uma yukata marrom e sandálias de palha, recerenciou gentilmente.

- Boa noite, Kyungyan... Que bom que você veio, eu já estava ficando... Receosa de ficar aqui sozinha! - Ela disse, com a voz tremula, talvez pelo frio...

A jovem Asuka olhou aos arredores para identificar o ambiente: Ao lado esquerdo havia a loja do Doka, com dois muros em cada uma das laterais, fazendo uma estrada reta... Do outro lado da rua e bem em frente a loja do Doka havia o beco, produzido por duas casas na mesma rua da loja.

No meio do beco dava para ver a sombra de algo caído, era o corpo da vítima, estava a pelo menos sete metros mas não era possível ver bem, pois estava longe e escuro.

Kyungwan - O Quimono Vermelho

Kyungwan decide interrogar a testemunha antes de investigar o ambiente.

A jovem Asuka solicitou a senhora que fossem para outro ambiente para realizar suas perguntas referentes ao ocorrido. Foi então que ela se direcionou até a loja do Doka que ainda acordado concordou com a situação, porém se manteve no salão principal da loja.

- Boa noite! Fiquem a vontade! Disse o bom senhor em seu jeito bem humorado.

A senhora entrou logo atrás e parou ao lado de Kyungwan, aguardando suas perguntas encarando suas trêmulas mãos pelo frio...

Kyungwan - O Quimono Vermelho

Doka se prostrou sobre o balcão ao ouvir aquilo, parecia interessado na conversa e nem um pouco acanhado pois havia cedido o espaço e estava disposto a ouvir tudo.

Kyungwan se pôs a perguntar exatamente o que havia acontecido para a senhora, enquanto aproveitou o tempo para a observar.

Era uma senhorita de idade, vestindo uma Yukata marrom com uma faixa cinza em sua cintura, suas mãos apresentavam marcas nos dedos, alguns cortes bem pequenos como de agulhas ou fios... Por ser uma senhora de idade demonstrava alguns problemas em sua pele, mas nada tão horripilante. Seu rosto possuía um semblante gentil, embora assumissem uma expressão de preocupação. Ela tinha cabelos grisalhos

- A noite eu faço caminhada, pois tenho problemas nas pernas e não posso ficar parada por muito tempo... Também é bom para poder olhar o céu! Quando estava voltando para casa ouvi um grito, fiquei assustada mas achei que alguém estivesse em perigo! Quando cheguei no beco, vi a jovemzinha caída e alguém correndo para o outro lado da viela, em direção a estrada para fora da vila... Estava usando um quimono vermelho! - Ela disse, tapando a boca e fechando os olhos ao relembrar a cena...

Kyungwan - O Quimono Vermelho

- Infelizmente eu... eu... Não... - Ela balançou a cabeça negativamente enquanto levou as duas mãos para o rosto, o tampando enquanto demonstrou ter deixado o nervosismo tomar conta e algumas lágrimas escorrerem.

Kyungwan olhava na direção da saída para encarar o beco, não observando a mulher chorando ao relatar a história. Mas demonstrava interesse em conferir o local o quanto antes.

Kyungwan - O Quimono Vermelho

Enquanto o interrogatório se estendia, Doka não perdeu tempo em trazer um copo com água para a mulher, isto foi logo antes de Kyungwan se dirigir ao comerciante com uma pergunta.

Doka levou a mão para o queixo e respondeu:

- A garota, a vítima... Ela se chamava Toga, não era? - quando ele perguntou a mulher deu com os ombros...

- É uma pena... Todos os finais de semana ela passava por aqui durante a noite com seu namorado e depois seguia para sua casa sozinha! Não acho que foi diferente hoje - ele concluiu, encarando Kyungwan.

Kyungwan - O Quimono Vermelho

A mulher permanecia na loja de Doka terminando de beber a água que ele a trouxe, enquanto o comerciante reverenciou de volta a saída de Kyungwan...

A Kunoichi passou para o lado de fora e encarou o beco onde havia ocorrido o assassinato. O beco estava à três metros a frente e dois a direita de Kyungwan, desta forma, não era possível ver a vítima dali pois estava em sentido diagonal a entrada da loja.

Quando Kyungwan se aproximou ela viu o cadáver caído à pelo menos quatro metros beco adentro. O beco possuía oito metros de comprimento e ia de encontro a uma outra rua paralela do outro lado. Este peco era o resultado de dois muros erguidos em torno das casas ali, ambas possuíam dois andares e janelas pequenas sobre os quartos superiores que iam de encontro ao beco. As muretas possuíam telhados que as protegiam da chuva.

O corpo estava estirado no chão, caído de bruços e com os braços deixados para os lados... A mulher vestia uma yukata amarelada e um par de sandálias de palha. Sua pele era clara e seus cabelos eram negros, amarrados por um coque.

Havia uma poça de sangue próximo ao rosto dela... Seu rosto estava virado para a direita...

Kyungwan - O Quimono Vermelho

Ao olhar em volta buscando por pegadas ou coisas fora do lugar, Kyungwan não encontra nada do tipo, a terra naquele lugar, ou pelo menos naquele beco, era bastante arenosa de forma que qualquer corrente de ar poderia dissipar uma pegada recente. Quanto aos objetos não havia muito ali além de algumas tábuas encostadas no muro, uma caixa quebrada no canto da entrada do beco e vários resquícios de papeis velhos e palitos de takoyakis pelo chão...

Quando foi observar a origem do sangue percebeu um corte em seu pescoço, um corte contínuo com pelo menos meio centímetro de diâmetro, ele começava na lateral esquerda do pescoço, próximo ao inicio do maxilar e no mesmo lugar quase de maneira simétrica porém do lado direito, conseguindo cortar ambas as veias arteriais do pescoço com um só risco...

Seus olhos estavam por entre abertos e sem vida, um pouco avermelhados, ao observar sua face pôde perceber um acúmulo de terra principalmente abaixo dos olhos. Suas mãos estavam ensanguentadas e haviam pingos de sangue desde meio metro atrás de seus pés até a poça de sangue onde seu rosto estava caído....

Kyungwan - O Quimono Vermelho

Kyungwan se perdia em seus pensamentos, criando hipoteses de que poderia ter sido um assassino profissional mas logo em seguida supondo um crime passional, motivado por alguma emoção.

Ela seguiu pelo beco além do corpo. Nas paredes dos muros não haviam marcas de sangue, no chão não havia nada de diferente além do já descrito anteriormente. O sangue só era presente próximo ao corpo da garota assassinada.

Kyungwan - O Quimono Vermelho

Você lança as suas mãos sobre o cadáver a fim de o observar melhor, girando-o até ficar de peito para cima e perceber a ferida em seu pescoço aberta.

Havia uma mancha de sangue enorme em seu peito e algumas gotas abaixo dele, como se o sangue tivesse escorrido até a sua barriga.

Suas mãos também estavam ensanguentadas, principalmente os dedos e a palma, enquanto os pulsos apenas exibiam resquícios do sangue.