Finalizado - Animal Selvagem, Hanzo

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Balanço a cabeça positivamente e confiante, procuro algum vestígio de fezes ou sangue nas vestes ou mãos e tento me limpar na neve, logo em seguida vou até as pegadas e olho adiante, tentando ver por onde elas seguiam e então trilhar o caminho.

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Sigo as pegadas, procurando aos arredores qualquer resquício de vida animal, talvez pudesse fazer alguma armadilha com um... não, não, fazer isso agora poderia ser burrice, teria de matar mas sem muito sangue.
Este cenário, tão bonito, poderia compor um haiku aqui, infelizmente não tenho tempo, preciso entrar no exercito e progredir.

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Olho ao redor, buscando um ponto mais alto na colina, que possivelmente me daria vantagem, ou mesmo um local mais próximo das silhuetas, nem tanto, que me garantiria a vantagem.
Não obstante, encaro as silhuetas com os olhos negros, cuja coloração em instantes sofre uma alteração, o negro profundo recua das bordas, dando origem à um vermelho cintilante, conforme recua o preto dividisse em três partes que formam três tomoes, assim revelando os olhos carmesim, característica única da herança sanguínea. Preciso saber quantas criaturas tem no local ou arredores, e saber também se existem outras formas de vida.

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Preciso atingir a vantagem, que é acima das criaturas, mas também não posso ficar tão distante e permitir uma fuga da parte deles, preciso abate-los rapidamente. O cenário é favorável para um ataque usando as flechas, contudo, preciso me reposicionar. Coloco o indicador na boca para umedecê-lo e retiro-o da boca, para assim adivinhar a posição do vento. Caso eu esteja contra o vento, irei saltar na árvore que está a 6m de mim e 5m acima das criaturas.

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Sinto o vento sob meu rosto, balançando meus cabelos e vestes, provocando um leve incômodo na pele.
Procuro uma árvore mais próxima que seja possível realizar um salto, ou uma queda controlada, preciso me aproximar daqueles corpos sem tocar o solo, afinal o ruído da neve pode me entregar.

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Subo no galho, foi arriscado, mas deu certo, sorte? Também, claro.
Seco as mãos nas vestes, abro e fecho-as rapidamente algumas vezes para não deixar com que eles fiquem enrijecidas devido ao frio. Ainda não consigo enxergá-los daqui nem sequer alvejá-los, portanto preciso me aproximar mais, então busco a árvore mais próxima em direção às sombras e realizo outro salto.

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Droga, cometi um erro, que vacilo, a depender da ocasião esse descuido pode me causar problemas, preciso ser cauteloso agora. Tento me aproximar do caule da árvore, poiso a mão sob ele e invisto melhor o tempo em avaliar o cenário.

Quais as árvores mais próximas de mim, se existe alguma outra em que eu posso saltar sem me arriscar muito e como é o terreno em que os lobos estão e as distâncias entre si.

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São quatro lobos a frente, todos parecem iguais, sem distinção, normalmente existe um maior e mais forte, o alfa. Devo levar em conta qualquer surpresa de mais lobos da matilha, preciso me preparar.
Procuro um pouco de neve a qual posso juntar para formar uma bola, arremesso em direção ao solo, a frente da árvore que esta a cerca de 4m. Espero despertar a curiosidade de pelo menos 1 dos lobos que estão ali, então preparo o arco e uma das flechas.

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Meus olhos carmesim brilham, sinto o ar gélido arranhar meu rosto como se fosse um predador selvagem, sedento por sangue... mas não será o meu que manchará esse solo.

Preparo uma flecha e tenciono o arco, fecho o olho esquerdo, espero até que estejam farejando o local e então... toda aquela força concentrada é liberada assim que meus dedos soltam a corda fazendo com que a flecha se projete no ar e invista em direção ao lobo mais próximo, mirando aproximadamente no pescoço da criatura.

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A flecha bailou no ar numa velocidade incrível cortando-o conforme avançava até finalmente perfurar a carne daquela fera lhe ceifando a vida. Imediatamente depois os outros três começaram a se movimentar instintivamente, desnorteados em busca do assassino do seu companheiro.

Inicio o preparo do segundo ataque, procuro juntar mais um pouco de neve na mão livre e apalpo-a para tentar criar uma forma e então arremesso a mesma a cerca de 2m a direita do local de impacto da primeira. Assim que a bola de neve foi projetada no ar, retirei mais uma flecha da aljava e posicionei-a no arco, respirei fundo enquanto tencionava a corda, prendi a respiração, mirei no meu alvo, como eles estavam correndo, mirei aproximadamente no focinho, talvez fosse possível atingir sua cabeça ou pescoço.

A tensão no arco foi liberada e a flecha mais uma vez projetou-se no ar performando o silencioso baile da morte.