Finalizado - Coleta de Madeira, Takeshi

limpava a região da mão, tirando a sujeira do local, limpava o sangue na roupa, enquanto comprensava a mão na mesma, de modo que diminuísse o sangramento, era um incomodo de todo modo.

Após a pausa, voltava para a árvore e agora de pé com o machado em mãos, pensava no que poderia fazer, me certificava de ficar no meio da árvore, apoiava meus pés, firmando meu equilíbrio, mesmo com a dor da mão, começava a cortar sua metade e seguida a metade da metade, ficando com duas toras.

vendo o que tinha feito, imaginava se aquilo já não bastasse, afinal deveria entregar madeira, independente de seu estado, com isso em mente, juntava tudo que tinha cortado, selecionava as melhores partes, amarrando com a corda que carregava, apertava firme para que ficasse em conjunto, deixando separado por enquanto, por um momento ficava contente pela corda ser grande. Logo após, mirava em tentar partir e obter a tora restante.

após os cortes, encarava as toras partidas, enquanto respirava um pouco, de antemão lembrava que algumas outras haviam desaparecido, logo me via procurando um local em que pudesse esconder tais toras, um arbusto, ou algo semelhante. improvisaria um esconderijo se pudesse, olhava ao redor indo em direção ao pequeno lago, expandindo os olhares sobre o local em questão.

balançava a cabeça descontente, voltava para a árvore caída, o tronco que tinha amarrado, pegava a ponta da corda e dava uma pequena volta em meu punho, tentando puxa-lo em seguida, andava de costas, observando aquele tanto de madeira, caso conseguisse carregar, as levaria para a casa de ferragens.

O esforço era mútuo até então, cabisbaixo focando na função que tinha, não cedia enquanto carregava a madeira, visando retornar para a casa de ferragens o mais rápido que pudera, seguia o caminho mais curto, evitando distrações, quando de repente, um batuque me atingia, semelhante aos do cavalo, pocotó pocotó, não estaria distante, se apressando a medida que o tempo passava. Erguia a cabeça mirando no barulho, encarava e visualizava tal cena, uma caçada? Um animal sendo perseguido e pra piorar a situação, estavam vindo na minha direção, sem pestanejar, soltava a corda da madeira, o coração mudaria seu ritmo, acelerando, deixando-me angustiado previamente, sairia da direção dos animais, evitava ser visto ao menos, visando um esconderijo procurava uma árvore próxima, que pudesse envolver minha silhueta, ou que ao menos pudesse subir, sem hesitar. Firmava ainda mais o machado na mão, usaria caso preciso fosse,
evitando produzir qualquer barulho.

O único esforço que faria seria de segurar o machado, deixava-o firme em conjunto com meu braço ereto, sendo uma extensão do mesmo se preciso fosse, na pior das hipóteses, lutaria eu sozinho contra dois lobos, logo, me manteria "invisível" entre o arbusto, ou tentava.

Esperaria um pouco, antes de sair da moita, um pouco de cuidado não seria demais naquela ocasião, respirando ofegante depois do ocorrido, tremiam-me as mãos, após largar o machado sobre o chão, um mix de medo e angustia, olhava para a direção que os animais teriam ido, ainda desconfiado, encarava o rastro deixado por esses. Me via satisfeito em ter evitado aquilo, de certo, não podia demorar, a fim de evitar tais desencontros, voltava ao meu trabalho, recuperando o machado, segurava a corda uma vez mais, seguindo novamente para a casa de ferragens.

Chegando ao portal do templo, aliviava um pouco, não esforçava tanto, sabendo que estaria mais próximo do meu destino, apenas continuava, o quanto cedo acabava, melhor seria.