Abandono - Em Busca das Estrelas

Problems?

[...] A estratégia se mostrava consistente, mas na prática, certamente não ia demorar para ficar previsível, as criaturas da floresta costumam ser bem astutas, e de astúcia uma Kitsune como Nikumi entendia, mas sabia bem seu lugar quando se tratava de uma disputa daquelas. Apesar de tentar sempre manter seu olhar firme com suas caudas eriçadas como forma de intimidar quem lhe afrontava, ela ia para próximo de Yukine adotando uma postura mais defensiva demonstrando que realmente iria proteger aquele humano. - Você está bem? Perguntava ela de canto de rosto. Logo voltava a olhar a criatura, não queria que aquilo se estendesse ou sequer que realmente precisassem lutar. - Mais uma vez eu peço senhorita criatura, não precisa ser assim. - Dizia Nikumi Confiante. - Nos deixe ir e nós não o incomodamos mais! Comentava rezando para que esta aceitasse.

Problems?

[...] - YUKINE! Gritava a raposa ao ver o rapaz ser ferido, colocando a mão em seu rosto e vendo seu ferimento. - Você está bem? No que estava pensando ao entrar na frente daquele jeito? - Um certo desespero era notável, talvez a raposa só pensasse que humanos fossem um pouco frágeis. Irritada ao vê-lo ferido, esta se virava para a criatura, percebendo logo seu ferimento, Yukine também a golpeara, tomando uma postura diferente da anterior, suas caudas estavam bem mais abrangentes e eriçada, suas pernas curvadas e seus amarelos olhos focados na criatura, uma postura um tanto quanto agressiva, como se fosse partir para o ataque a qualquer segundo. - Fique aqui Yukine... Dizia ela, para logo em seguida partir em direção a criatura, olhando fixamente para seu ferimento partia ela na direção daquele lado e num rápido movimento, esbravejando, tentava golpear-lhe a lateral de seu corpo, do mesmo lado de onde se localizava seu pulso ferido, dado que sua guarda estaria mais fraca daquele lado.

Over?

[...] Nikumi respirava ofegante, a criatura por sua vez recuava até onde veio, a raposa olhava firmemente para a poça, não sabia o que a criatura pretendia, mas era melhor não esperar ali parada, andava apressada para perto de Yukine, olhando para este, porém sem se descuidar do lago, ela dizia. - Vamos, não sabemos se ela recuou para fugir ou se vai tentar alguma coisa... Nikumi não acreditava que a criatura havia simplesmente fugido, ainda mais depois de dizer que estava com fome a bastante tempo. - ... Seja o que for, melhor não estarmos mais aqui, e ainda temos que dar um jeito nessa ferida. - Dizia ela olhando para seu corte na bochecha. Sua feição além de preocupada exibia leve tons de tristeza, ela se sentia culpada por ele ter se ferido, mas ela não se dava o luxo daquilo distrai-la do lago, então pegando na sua mão, o puxava para longe do lago em direção as árvores.

Over?

- Sim, nós vamos, temos que dar um jeito de cuidar desse seu corte, não podemos andar pela floresta com você assim. Dizia a raposa. Nikumi de fato estava preocupada com o jovem rapaz, apesar de que por dentro, algo em seu subconsciente a perturbava. Não parava de pensar que Yukine era um humano, e que seria um problema enorme se ele fosse visto por alguém de sua tribo, fora que se lembrando da forma que se conheceram, ele aparentava ter tanto receio dela, quanto ela achava que tinha dele, la no fundo, Nikumi temia que se resolver lutar sério, poderia acabar se animando demais, e perder o controle, demonstrando uma selvageria que ela temia que assustasse o rapaz. - Você foi imprudente entrando na minha frente daquele jeito, devia ter ficado atrás de mim como eu falei - Dizia ela sem o olhar, calma e serena, enquanto andavam, duas coisas eram o foco de Nikumi, o primeiro, era olhar para o céu para ver se conseguia ver o sol para ter uma ideia de quanto tempo tinha perdido ali com a criatura e quanto tempo de luz ainda tinham, a segunda e ainda mais importante, olhava atentamente em volta por onde andavam para ver se conseguia avistar criaturas para as evitar, e mais importante, ver se encontrava alguma planta que poderia usar no ferimento de Yukine.

Over?

- Eu agradeço por você tentar me proteger, mas de que valeria tudo se você caísse? Não é que Nikumi não se sentisse agradecida pelo rapaz tê-la protegido, e sentia um certo remorso em sua feição triste, mas se ele caísse tudo seria em vão, ela não poderia simplesmente ir até a mãe dele e entregar a planta, e ainda mais dar a notícia da morte do filho. Parando e olhando para ele. - Escuta, aconteça o que acontecer, se a coisa ficar feia e algo me acontecer, siga em frente, você veio aqui para ajudar a sua mãe, e eu vim para te ajudar, não precisa se preocupar comigo está bem? - Dizia ela sorrindo. - E eu... Não quero que se machuque Ela desviava o olhar. Até que olhava para o céu e percebia que o sol estava terminando de se por no horizonte e as sombras começavam a se tornar trevas. - Droga! Nikumi aguçava seus sentidos tentando focar em achar a planta para o ferimento de Yukine

Over?

Suspirava com um sorriso, francamente, que garoto teimoso, fofo, mas teimoso. - Ali! Dizia Nikumi ao ver ervas verdes ali próximo, e aliviada, corria para apanha-las, pegando-as com cuidado, mas antes, agradecia aos espíritos da floresta pela ajuda. - Obrigada... Com as ervas, agora só precisava de um pouco de líquido, dava para fazer até mesmo uma pasta para aplicar diretamente na ferida dele, cicatrizando sua ferida ainda mais rápido. - Yukine, você tem um pouco de água com você? Perguntava a Raposa - ... Precisarei de pelo menos um pouco para poder fazer algo para aplicar na sua ferida Dizia ela enquanto olhava em volta vendo a escuridão tomar conta aos poucos da floresta. - ... Vamos precisar acampar.

Over?

Ele dizia que havia um pouco de água, isso era animador, agora cabia proceder no processo para preparar a pasta. - Tá tudo bem, só irei precisar de bem pouca. Dizia Nikumi, ela pegava um dos dois ramos que tinha e começava a amassa-lo na mão, triturando com a ponta dos dedos até ficar tudo bem miúdo, e ao adicionar um pouco de água, começava a mexer e misturar até formar uma pasta espessa e esverdeada. Com um pouco de tempo estava prestes a aplica-la na ferida de Yukine quando parou e pensou se tinha feito o processo corretamente, não sabia se havia acertado a planta correta, e se fosse venenoso? Bem, ela não ia aplicar sem antes testar, então com seu mindinho, melava-o na pasta formada na palma de sua mão e o colocava na ponta da língua, torcendo para conseguir reconhecer a propriedade da pasta que havia criado ali.

Helping

O resultado não era o dos mais belos, mas feito da maneira mais rudimentar possível, era de se esperar, mas estava pronto e deveria servir. Nikumi o puxava para se sentar ali no chão enquanto ela se ajoelhava ao seu lado para aplicar o remedio em seu rosto. - Aqui. Isso vai ajudar com esse corte no seu rosto. Dizia ela enquanto com delicadeza, pegava com a ponta dos dedos a mistura, e com ainda mais delicadeza, aplicava no rosto de Yukine calmamente em seu corte. - Pode arder um pouco, se doer me avise que eu paro. Nikumi apesar de focar naquilo, mantinha as orelhas impertigadas, atentas para qualquer sinal de aproximação.

Helping

O elogio do rapaz arrancava um desvio de olhar corado por parte da raposa que tentava disfarçar sem perder o foco do que estava fazendo, ela havia pedido para ele avisar se ardesse, e seu rosto não o deixava mentir, aquilo ardia, então sempre que demonstrava o menor sinal de dor, Nikumi procurava ter ainda mais cuidado até terminar. - N-não precisa agr-adecer, você se colocou entre mim e uma criatura enorme para me proteger... Novamente desviava o olhar. - ... e isso foi o que causou esse ferimento, isso é o mínimo que eu poderia fazer. Eu que agradeço, você foi corajoso. Era um tanto quanto estranho, Yukine era um humano, mas ele em nenhum momento se demonstrou parecer aquele ser terrível a qual Nikumi cresceu ouvindo falar, tudo bem que teve aquele acontecido entre os dois quando se conheceram, mas foi tudo um mau entendido. Yukine parecia um bom rapaz, gentil, determinado, corajoso; ele não era cruel, frio e maligno... E Nikumi se recusava a querer acreditar que aquilo era exclusivo dele, provavelmente existissem mais humanos assim, e se... E se todo esse conflito em que sua tribo tanto dizia, não passou de um mero mau entendido também, e se tudo não pudesse ser resolvido? Pelo que Nikumi sabia isso jazia de muito tempo, desde o tempo dos anciões, e olha que eles são bem velhos... Quando por fim a escuridão insistia em tomar conta dos arredores, a raposa saía forçada de seus pensamentos, percebendo que se perdeu (de novo) nos pensamentos, o que a fez corar quando percebeu que o centro deles era Yukine... E que os teve quase que inteiramente com as mãos no rosto do rapaz. - A-ah! E-eu ac-abei! Dizia ela se afastando e desviando totalmente a vista, com suas caudas acuadas para próximo de seu rosto, como se quisesse esconde-lo, quando então se tocou do escuro. Aquilo ia ser um problema, sem uma única fonte de luz, nem mesmo ela com seus sentidos aguçados de raposa ia se sentir segura, teriam de fazer uma fogueira. - Yukine, precisamos acender uma fogueira, não é bom ficarmos no escuro. - Dizia a raposa.

Helping

Ela respirava fundo, os muitos pensamentos de pouco faziam Nikumi se encher de perguntas. Perguntas que não sabia se devia faze-las para alguém ou se deveria guardar para si. Com um breve suspiro ela assentiu com a afirmação de Yukine e começou a juntar alguns gravetos, pedaços de árvore e pedras pequenas que encontrava pelo chão do local, afinal, era uma floresta. Nesse meio tempo ela se mantinha atenta, torcendo para não ser surpreendida por nada da floresta, ou por um batedor de sua tribo que estivesse patrulhando. Decidiu procurar não pensar no assunto. Nenhum dos dois para falar a verdade - Espero que você saiba algum método de acender uma chama Yukine-kun....