Abandono - Em Busca das Estrelas

RP - Em Busca das Estrelas

Aquele jovem rapaz buscava um remédio específico que pudesse ajudar a sua mãe, porém havia invadido a floresta de seu lar. Nesta floresta existem outros seres mágicos, por isto possuí um único acesso o qual homens não eram supostos a conhecer. A mera presença daquele rapaz lhe surpreendia e lhe deixava indignada, como teria ele ali entrado?

Encantada com uma criatura que conhecia apenas por histórias, você decide ajudar aquele rapaz a encontrar sua planta medicinal para salvar sua mãe... Mas, não sabia exatamente aonde iria encontrar esta planta e nem a qual ele se referia.

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A raposa começou a procurar por gravetos próximo à floresta, enquanto o rapaz juntava pedras e folhas secas. Com trabalhos e objetivos diferentes, se reuniram em pouco tempo para preparar uma fogueira.

"Não me subestime" respondeu, segurando dois pedaços de madeira e girando um deles com a palma de suas mãos, em movimentos velozes e espirais gerava o atrito necessário para uma fagulha se tornar uma chama poderosa.

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Enquanto as chamas crepitavam emanando luz e calor para os dois, a raposa ficava muito pensativa com alguns problemas sociais e inseguranças relacionadas à raça do rapaz. Criando coragem por instantes antes de o dizer, ela finalmente questionavam o jovem Yukine sobre o pensamento dos homens a respeito das raposas.

"Pra falar a verdade eu não sei, eu quase não conheço histórias sobre raposas, mas sei que por algum motivo são consideradas raras!" Respondeu, de forma indiferente como se não tivesse entendido a razão de sua pergunta.

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Yukine ficava sério ao ouvir aquelas palavras, por muito tempo permanecia somente a ouvir, deixando-a raposa aliviar suas mágoas e dizer o que bem entendia. O rapaz, pausava, deixava o silêncio predominar por muito tempo após as últimas palavras da garota. Sua feição havia mudado, com trejeitos de um homem de verdade prestes a dizer:

- Monstros? Olhe ao seu redor... Isto aqui é um lugar mágico repleto de seres místicos com poderes extraordinários! Você não é a única que perdeu alguém em guerras fúteis! Nós humanos somos frágeis, somos insetos se comparados a seres espirituais como você! Não aja como se fossemos os destruidores do mundo, sempre sofremos nas mãos de todo o tipo de feras! Você está generalizando a "humanos" como se fossem todos malignos, diga-me se também não existem raposas que atacam humanos por diversão! Para mim existem monstros dos dois lados e você só não quer ver isso! - Respondeu, virando a cara e um pouco irritado com o jeito com que ela havia se pronunciado, sentia um pouco de vitimismo em suas palavras, Yukine tinha a personalidade forte demais para aceitar aquilo.

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O rapaz respira fundo, retorna para mais próximo da fogueira e leva a mão até sua testa, percebendo que talvez houvesse agido por emoção, deixando seus sentimentos tomarem conta de suas atitudes. Ele pensa por um tempo, somente em silêncio e refletindo no próprio ponto de vista:

- Olha... Não importa, se alguma outra Kistune fizesse mal a alguém que eu gosto, eu não teria raiva de todas as Kitsunes por isso... Talvez nem conseguisse buscar vingança, este tipo de coisa não vale a pena - E ele finalmente disse, após pensar por muito tempo.

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- Não é assim também!- Respondeu de maneira repentina, contrariando um bocado do que você havia citado, mas logo continuou para esclarecer seu ponto de vista:
- Existem humanos bons e humanos maus, assim como qualquer outra espécie, você está certa em não confiar, é assim que eu vejo!- E depois de dizer, permaneceu recolhido perto das chamas...
- Preciso achar logo...- Citou, referindo-se provavelmente aquela planta medicinal.

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Relutante em aceitar dormir, o rapaz era vencido por seu cansaço natural, então espreguiçou-se em frente a fogueira e aceitou, acenando com a cabeça e antes de deitar disse:

- Obrigado...- sem muitas demoras, não tardou tanto para cair no sono...

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Nikumi caminhava ao redor daquele ambiente que formava uma espécie de clareira, a região era contornada por árvores e alguns pedregulhos que saltavam da terra. Haviam alguns animais dormindo por ali, como aves e esquilos sobre árvores. Nenhum sinal de criaturas ou monstros, por outro lado. Ao verificar o rapaz, tinha plena certeza de que estava dormindo.

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[...] Nikumi já estava explorando à um bom tempo, a pequena raposa esgueirava-se pela floresta em busca da tal planta. Ao passar por debaixo de uma raiz colossal de um sabugueiro que erguia-se do solo, permitindo com que qualquer um com menos de um metro pudesse passar tranquilamente, a garota colava num arbusto ao lado de uma descida que tinha visão para um canto menos denso da floresta... Nikumi estava escondida nesta vegetação e dali ela podia ver logo abaixo no morro um cervo branco, uma espécie rara do animal, porém comum neste bosque mágico... O animal caminhava tranquilamente pelo campo, até Nikumi erguer-se rapidamente desesperada, mas antes que pudesse fazer qualquer coisa já era tarde demais! O animal pisava numa armadilha de urso improvisada! Seu guincho ecoava pela floresta, havia algo caçando por ali....

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A raposa se aproximava pela mata, mantendo sua postura baixa a fim de não ser identificada... Para sua falta de sorte a armadilha estava posicionada sobre a terra, desprovida de qualquer cobertura vegetal, então, ao se aproximar do animal que se debatia e guinchava de dor, ela acabaria por se expor. O animal estava caído e sangrava muito em sua pata, provavelmente teria destroçado o osso de sua pata dianteira esquerda com o impacto. Nikumi estava à dois metros da vítima, ainda dentro dos arbustos...

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Nikumi se deixou levar por sua bondade... A raposa saltou dos arbustos e correu sem parar até alcançar o animal indefeso. Ele estava caído e sangrava muito, seus pelos brancos haviam sido pintados com o vermelho de seu sangue. O guincho que ele produzia era terrível de se ouvir e o desespero aumentou com a presença da raposa, o animal caído se contorcia e feria ainda mais a sua pata. Nikumi tenta abrir a armadilha porém era forte demais e sentia ela voltar sempre que tentava abrir.