Finalizado - Amor a Primeira Vista

Fico um pouco feliz que depois de tanto caos desde lutar contra uma sombra, achar um falso deus que servia ao capeta, meter a porrada em mim mesmo e parir um bebê de algas negras pela boca... esse trabalho deve ser mais simples. Eu acho que preciso disso, mais por mim mesmo, uma missão ou outra que seja normal vai me dar tempo para ficar bem com a minha própria pessoa.

Apesar de que isso tem tudo para dar errado. Uma coisa é falar que você achou ela bonita, mas outra é dizer que se apaixonou à primeira vista. E se for literalmente à primeira vista, ele nem sabe se ela é solteira. Fora que maioria das mulheres gostam de caras de atitude e esse cara tá declarando seu amor por uma carta que nem é ele mesmo que vai entregar. Bem, tampouco é da minha conta também, vamos só ver no que isso vai dar, trabalho é trabalho. Sem demora parti para a tal escada de madeira de modo a chegar no segundo andar, onde teria o quarto do pombinho iludido apaixonado.

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Eu vou para o caminho que tem assumo que inicia os quartos a partir do 200, assumo. Queria chegar nesse quarto logo para iniciar a missão o quanto antes.

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Finalmente, vou encontrar o iludido apaixonado. Eu me aproximava da porta, abandonado minha postura relaxada e endireitando minha coluna e ombros... me posicionando de maneira decente, como supostamente era esperado de mim. Não era muito o meu tipo de atitude, mas eu já tinha me decidido que eu ia me dar bem nessa parada de ser militar, isso ou meu nome não era Hideo Miyazaki.

Eu batia levemente à porta três vezes, com cerca de meio segundo entre as batidas. Quando abrissem a porta, eu me apresentaria de maneira clara — "Hideo Miyazaki, Genin de Mogami se apresentando". Era estranho eu estar agindo dessa forma. Claro, eu já fazia isso antes, mas era uma farça apenas para manter uma imagem social e evitar... cough cough, retaliações de meus superiores. Mas dessa vez parecia quase que natural... quase.

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Ehhh, se eu já achava as nossas chances pequenas, agora então estamos lascados. Pelo menos no pergaminho não inclui nada de ela ter que aceitar o amor dele. Mas ainda há esperança, ele tem sorte de eu o estar ajudando gyehehehehe~

Eu retribuía a reverência leve, apenas como uma forma de cumprimentá-lo, e seguia entrando em sua casa, tendo agora sua permissão. Eu procurava um lugar para me acomodar com o consentimento do dono da casa. Estando isso pronto, puxaria a conversa com o meu sorriso natural — "Então, me conte mais sobre a garota, o que sabe sobre ela e como ela se parece?".

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"Entendi" — eu dizia com um sorriso honesto. CARA, sabe, eu consigo entender um homem apaixonado por uma bela garota. Eu já fui essa homem várias vezes, apenas nunca tive sorte... elas não entendiam meu charme. Mesmo após aceitar meu... lado ruim, e admitir o desgosto que tenho por mim mesmo e minhas ações... não dá pra negar meu encanto natural. Estou torcendo por ele, ainda que não tenhamos muita chance, sou eu que estou o ajudando, então sempre há esperança.

Eu esperaria ele se sentar para que eu sentasse também, gyeheheheh, afinal, sou um homem de boa educação. "Sabe, apesar de ter um charme divino, nunca fui muito do tipo romântico. Mulheres gostam de caras românticos, então já é um ponto forte para você!" — eu falava de forma casual e tranquila. "Estou pronto quando você estiver" — me referia a ajudá-lo com a carta, claro. Eu não estava com pressa, mas talvez essa fala desse a entender isso, heh. Eu realmente tenho que pensar antes de falar.

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"Ótimo, já temos um começo" — eu pegava a carta que ele tinha feito e dava uma olhada para ver o que tinha escrito. Se Jizo quiser vai ter alguma coisa satisfatória aqui, mas se não, tá de boa, sempre pode-se começar do 0. "Ah, e apenas mais uma coisa. Seu nome, não creio que você tenha me contado ainda? É só por saber mesmo, para eu ter do que te chamar. Você pode me chamar de Hideo" — ele parece meio introvertido demais para meu gosto, mas acho que pode funcionar a favor dele, algumas garotas gostam, eu acho?

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Eu acenava com a cabeça após ouvir seu nome e prossegui pegando a carta. Precisei de alguns momentos para entender o que estava escrito, realmente. "Está realmente difícil de ler, mas com isso eu posso ajudá-lo facilmente, só preciso de algo para escrever.  Mas a mensagem segue um bom caminho" — talvez um tanto clichezinha demais, mas isso eu não via muito como um problema. Minha caligrafia não é perfeita, longe disso, mas é ao menos decente.

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Vendo que ele tinha ficado tristinho, disse, para motivá-lo — "Não se preocupe! Hideo Miyazaki está aqui mesmo para te ajudar". Eu tinha um sorriso no meu rosto, e sinceramente eu também estava um pouco ansioso por ele, como ficaria a carta e qual seria a reação da garota?

"Iremos reescrevê-la então" — eu recebia o papel e caneta dele, preparando a escrever a carta. Eu repetia em voz alta a carta, antes de escrevê-la, procurando a aprovação de Toki —

"Querida Suyen,
Eu acordo toda manhã com um sorriso no rosto,
porque sei que poderei de ver.

Você me trouxe conforto e segurança apenas por existir.
Imaginando o seu abraço me sinto protegido e amado.

Ass.: Toki e seu sobrenome."

Eu terminava dizendo ao garoto, e esperava apenas ele dizer seu nome inteiro para que eu pudesse escrevê-la. "Tendo seu nome inteiro, temos aqui a carta. Não acho que precisa ser muito maior que isso, é curto e resume bem o que você sente. Claro, no entanto, se você quiser que eu adicione mais, posso dar algumas sugestões de... frases românticas, ou você mesmo pode ter algo a adicionar. Tu é que manda!"




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"Gyehehe, perfeito então!" — dei uma risadinha animado. A carta já estava escrita e a princípio só faltava entregá-la. "Só falta entregar a ela, correto? Alguma ideia de como posso encontrá-la por aqui?" — ele me dando a ordem e uma direção eu já iria partir.

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"Entendi! Irei checar o pátio primeiro" — eu acenava a cabeça. "Uma última coisa... como ela se parece? É provável que ajude". Acabando de falar tudo que queria e obtendo a resposta de minha pergunta, iria me despedir e fazer uma leve inclinação na saída — "Retornarei em breve. Espero que dê tudo certo". Procurava ir em direção ao tal pátio, talvez eu já tivesse visto no caminho.

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