Finalizado - A Cor que veio do Céu, Hideo

"Aho-sama, viu aquilo?!" — eu me levantei de prontidão, quase escorregando do telhado. "Essa foi quase, gyehehehe~" — eu dei uma boa analisada de onde estava vindo aquela luz, e desci com cuidado do telhado, interessado naquela luz. Por que diabos eu seguiria uma luz que apareceu no meio da floresta? Bem... eu estava entedia- digo, claramente foi um chamado para aventura. E se for algo perigoso, eu evito o risco de ter os civis feridos.

"Ah! Eu imagino o que seja aquela luz. Só espero que seja o que for, não me mate" — eu falava com Aho-sama e também comigo mesmo. Geralmente ele não era muito de falar, mas só de ter alguém para ouvir minhas baboseiras, eu já me sentia melhor! Fui a caminho pegando a trilha ao leste à caminho das montanhas de onde vinham aquela luz.

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"Parece que eu me animei demais" — eu cocei a nuca, também lembrando que Aho-sama não estava comigo, eu estava falando sozinho o tempo todo. Ele tinha suas próprias coisas a fazer também.

Agora eu ia pelo caminho certo, saindo então pelo portão da fortaleza Murakumo e percorrer quaiquer caminhos que tivesse para então chegar uma trilha que levasse ao caminho da montanha.

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"Boa tarde, Shuji. Estou saindo sim. Pode parecer estranho, mas eu vi um brilho vindo de lá da floresta e decidi investigar" — eu cocei minha nuca, pois talvez parecesse estranho só com base nisso eu resolver ir até uma montanha. "Por que, está precisando de alguma coisa?" — eu ficaria contente de ajudar caso precisasse de algo, e minha voz indicava isso.

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"Shuten Douji? Gyehehehe~" — eu ria por um momento, mas meu rosto logo mudava para quem estava pensando "calma, é sério?!". "Cof~ Senhor Shuji, poderia me contar mais a respeito desse tal de Shuten Douji?" — eu retomava minha postura, mas meu rosto estampava meu interesse. Minha fraqueza! Se tinha algo que eu lidava pior que belíssimas mulheres eram histórias interessantes.

Eu mesmo já criei várias, as espalhando por aí. Uma vez o gato de meu amigo tinha morrido, e eu disse a ela que o espírito dos gatos permanecem nas suas coleiras mesmo após a morte. Eu tive a melhor das inteções! Mas ele acabou não lidando bem com isso e levava a coleira para todo canto, até que os pais pegaram a coleira e jogaram fora, deixando o meu amigo em terrível tristeza por umas três semanas.

Ah! Teve também aquela outra vez que eu disse que se ele dormisse com o travesseiro virado para o Norte ele jamais teria uma vida longa, pois a prática traz má sorte. Talvez eu não tenha sido o melhor dos amigos... é por isso que meu único companheiro agora é um corvo falante?! Que... precisou de um tempo para ficar sozinho. Huh.

Eu ouvia com a atenção, e pedia por mais — "Me perdoe! É que sou apaixonado por histórias, qualquer informação que você me der eu vou adorar saber!" Eu me justificava, não querendo parecer tão infantil com as minhas ações.

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Eu ouvia com atenção com uma mão apoiada sobre o qeixo, pensativo — "E o que tem a ver o Shuten Douji com a luz que vi nas florestas?" O mais forte dentre os demônios? "Como sabem de todas as informações se ninguém que se encontra ele volta com vida?" — se ninguém voltou com vida, talvez ninguém o tenha encontrado também?

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A voz de da senhora Hanako alarmava nós dois. "Desculpa, senhor Shuji. A gente se vê, depois te conto se eu encontrei o tal demônio. Obrigado" — eu disse de forma rápida, antes que ele fosse mandado embora.

"Acho que tem coisas mais assustadoras que um Shuten Douji..." — eu falei baixinho pensando em Hanako jogando aquela kunai. Calafrios! Acho que é hora de ir então, tenho que sair antes do pôr dor Sol. Parti então caminhando pela saída do portão, me retirando e tomando os caminhos para seguir na direção de onde vi a luz brilhar.

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Eu pegaria em um graveto grande preferencialmente que não quebrasse facilmente ou um pau de madeira (sem maldar).

Observava bem a montanha de onde veio o brilho, só para ter certeza de não me perder. Também fiquei cantarolando para passar o tempo — "As ilhas do sul~~ são quentinhas~ ♪ Paina purupuru~, suas cabeças ficam quentes~ ♪ e são todos idiooootas~! ♪"

Me distraí por um momento olhando bem o ambiente, mas seguiria em frente com o pau de madeira que peguei apoiado em meu ombro — "Segunda estrofe! As ilhas do norte são frias~~ Hyakoi koi koi~ ♪, suas cabeças ficam arrepiaadas~ ♪ e são todos idioootas~! ♪"

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Considerações:

Já era hora de eu ter levado isso aqui a sério. Eu estava passeando por um lugar perigoso, não era um passeio no parque. Apesar de que cantarolar um pouco me trouxe tranquilidade, ahhh, como é bela a música. A natureza ter respondido ao meu canto me deixava contente também. A minha voz não era a das mais belas, mas estar em sincronia com o ambiente me trazia um prazer insdescritível.

"Gyehehehe~ que coisa fora de personagem" — eu mesmo estranhava, enquanto caminhava antes de chegar ao morro onde estava silencioso. Chegando lá. não pude deixar de pensar que estava quieto... quieto demais.

Eu ainda segurava o pau (de madeira) que peguei no caminho. Eu olhava a bela vista do ambiente, a apreciando e inspirando fundo por um momento. Em particular checava se era possível ver a montanha que eu estava indo até e o caminho da fortaleza que segui para vir até aqui. Isso tudo, no entanto, sem perder a cautela, me preparando para fazer uma defesa reforçada se algo pulasse em mim do nada.

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Ai, garai. Será que ainda dá pra voltar? Não, não. Eu vim aqui com um propósito, e enquanto não houver um claro perigo de morte, Hideo Miyazaki não vai fugir só tendo visto uma centopeia... gigante. É melhor eu tomar cuidado com grama alta.

Eu ia caminhando ainda com cautela, olhando bem o chão e evitando andar em lugares que poderia saltar algo em mim do nada, como em gramas altas ou colado a arbustos e matos. Eu estava na floresta, então talvez fosse difícil, mas eu tentaria! Eu ainda tinha o pau grosso (de madeira) em minha mão, que eu segurava firme, e me preparava para fazer uma evasão caso algo aparacesse de repente.

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Eu fui gritar tendo tomado um susto, mas consegui me conter. Eu não quero atrair a atenção dessas criaturas para mim. Será... que algum cogumelo me drogou? Eu já bebi bastante nessa vida, mesmo sendo jovem, mas outras drogas estavam fora dos meus conhecimentos.

Fodeu, e agora?! Eu nem sabia que uns monstros desses existiam tão perto de Mogami. Fui checar para ver se eu conseguia encontrar o caminho de volta. Não que eu fosse necessariamente seguir por ele agora, mas era importante ver se é possível.

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