Finalizado - Doce Vingança

Aquela madeira tinha que fazer mais barulho, né?

Tudo culpa desses melõezinhos, rhul.

Me levantei imediatamente e saia do aperto. Eles respiravam.

Agora dentro da sala, me situava melhor tendo uma fonte de luz.

━ Melhor aproveita...

Puxava os pergaminhos para poder lê-los o quanto antes. Pude ouvir a movimentação de pessoas no andar de baixo. Menos mal, agora eu estava por cima (ui). Se os guardas fossem observadores o bastante ou sequer soubesse da existência da espada naquele cômodo abaixo de mim, eles notar a falta da lâmina seria um problema. Mas acho que por hora estaria segura naquela sala, afinal de contas a atenção fora toda direcionada para baixo.

Com sorte eles pensariam que fosse apenas um rato ou gatos aprontando por ali.

Lia o conteúdo rapidamente, pois era curto.

Ou talvez eu já podia ser uma ninja.

Afinal, com a mesma agilidade que tirava os pergaminhos do busto, os recolocava de volta como estavam.

Aparentemente não havia nada na sala em que eu estava além da lamparina. Mas dava uma olhada rápida mais uma vez.

━ Hora de seguir adiante.

Agora a criança chora e a mãe não vê. Teria que me arriscar porta a fora dali. Ia com cautela seguindo a porta e olhando para fora com cuidado em ambos os lados. Vejamos onde esses corredores me levarão. Manteria meus ouvidos atentos a ruídos quaisquer. Em suma, era um momento na qual eu não sabia o que estaria procurando agora.

Aquela tabua parecia que me chamava de gorda.

Eu não gostava daquilo de forma alguma.

Não havia outra maneira, precisei continuar.

━ Meh...

Olhava os corredores novos e as portas que encontrava por ali. Na direita teria somente uma e aparentemente alguém teria acabado de utiliza-la. Imaginei que fosse um acesso. Talvez ao andar inferior. E de toda forma se fosse um cômodo, não havia o que eu meter as cara ali, não agora.

Segui pela esquerda. Tinha duas portas. Uni duni té... Escolhi você. Apontava para a porta mais próxima a mim que era a que estaria a frente de mim. Observaria se dava para ver alguém dentro do recinto. Ao menor sinal de vazio eu invadiria abrindo aos poucos a porta. Vai que tivesse um idiota dormindo? Sério, se tiver eu mato.

O que me reserva realmente ali dentro?

━ Mais corredor.

Aquilo era frustrante.

Parecia um labirinto cheio de portas.

Sem falar que algumas estavam trancadas.

Pareciam ser lugares valiosos para estarem tudo lacrado. Teria que encontrar alguma chave.

Imaginava não ser nada fácil, já que tais objetos estariam com alguém. Com muita sorte estariam guardadas em algum lugar.

O que me restava apenas procurar ou começar uma matança indesejada no momento.

Não avancei por esse corredor, apenas fechei a porta para não parecer bagunçado e chamar atenção de alguém. Olhei para esquerda e fui até as portas que ali estavam. Atentamente ouvia o que dava e então abriria a porta que estivesse a minha esquerda. Utilizando a mesma sutileza de sempre.

Ao entrar no local, olhem só.

━ Escoria.

Sussurrava ao vento.

Havia um idiota dormindo. Não no cômodo que eu esperava, mas nesse.

Fechava a porta lentamente afim de não fazer barulho e ninguém me ver se passava por ali.

Com passos suaves o suficiente para nem meus xuxuzinhos balançarem, me aproximava do homem. Havia remédios ali.

" Woon que fofucho. Precisa de uma ajudinha pra dormir. Deve perder as noites por ceifar tantas vidas. Serei uma boa menina e te ajudarei a dormir eternamente. "

Sem misericórdia, pegava algum pano ou travesseiro, algo que service para meu proposito.. Deixava a lâmina com o fio em seu pescoço. Era uma medita preventiva do que faria agora. Com o material que teria pego, pressionaria contra o nariz e a boca do dorminhoco afim de asfixia-lo até a morte.

A intensão era diminuir os números do castelo sem dar suspeitas de que alguém o matou. Tendo o remédio a seu lado, a suspeita cairia para o que ele tivesse ingerido e acabado por faze-lo perder o ar de alguma maneira.

Se por ventura ele acabasse acordando mesmo supostamente sedado pelo remédio, puxaria a espada com a outra mão livre afim de cortar sua garganta e garantir que ele morresse sem pedir por ajuda ou fazer qualquer barulho suspeito. Se usado desse método mais bárbaro, posicionaria o corpo dele de maneira que o corte ficasse de bruços a cama, evitando que alguém pudesse ver a ferida e o sangue que seria absorvido pelo material que ele estaria deitado. E deixaria também algum cobertor cobrindo ele afim de ocultar qualquer indício de agressão.

━ Tadinho... Ficou todo emocionado.

Era tanta emoção que ele se tremia todo.

O sujeito morria ali mesmo.

Olhava com um olhar frio. O canto dos lábios jazia para baixo em repúdio a vítima que mesmo não sabendo nada sobre ele pouco me importava a vida dele.

Talvez fosse inocente e um dos poucos bons homens na sociedade. Mas para mim todos não valiam nada.

Sem precisar sujar o ambiente e ter que me incomodar em limpar nada, analisava melhor o quarto, vendo se haviam coisas de valor debaixo das camas ou se tivesse algum móvel ali com coisas dentro. Caso fosse apenas aquelas camas mesmo, seguiria para o próximo quarto tomando cuidado ao sair vendo se não vinha ninguém e partiria abrindo à porta com a mesma cautela de antes e adentraria no novo recinto.

Que drama, hein?

Nunca nessa industria vital aconteceu isso.

Mas sempre há uma primeira vez.

Mãe enterrando filho? Viúva que vai dar a bunda pra sustentar o filho órfão de pai? Bem vindas ao mundo real.

Em minha busca por suprimentos, acabei achando algumas coisas boas que ia guardando. Dentre elas uma Katana.

━ Nooossa que grande! Parece bem melhor que essa outra aqui.

Segurando a Wakizashi na ponta dos dedos rende a meus olhos, eu simplesmente descartava ela trocando a mesma pela katana, deixando a Wakizashi no lugar da katana.

Sem mais nada a pegar por ali. Era hora de seguir ao quarto da frente. Seguindo o básico da ladinagem como sempre.

━ Ai droguinha. Sem espaço. Terei que enfiar no cu? Hoje não.

Pensaria em um meio de poder levar isso depois.

Claro, se tivesse a chance. O lugar parecia muito grande.

Avancei, nova porta e... Pessoas. Droga. Eram dois. Fechei imediatamente a porta. Com cuidado, é claro.

Olhei pra trás e então abri uma pequena fresta da porta afim de poder olhar a posição em que eles se encontravam. Estariam de costas para mim? De lado ou frente? Enfim, esperava que aquilo também me pudesse ouvir o que diziam.

Ambos dentro do recinto trocavam palavras.

O assunto era pertinente sobre alguém.

O outro sujeito parecia com medo de tratar do assunto ali.

Provavelmente com medo de alguém passar pelo corredor e ouvir.

Bom, agora já era, pois já tinha alguém ouvindo tudo.

Pensei de elimina-los também. Contudo, estavam em dois e um deles parecia ser um bom espadachim. Não acho que daria tempo de matar um e evitar que o outro chamasse reforço. Talvez poderia apostar na autoconfiança dele e o machismo que impera nesse país para que me enfrentasse sem precisar de ajuda, afinal o orgulho dele seria ferido se uma mulher o derrotasse.

Mas minha proficiência não estava no manejo da espada. Melhor deixar isso de lado. Fechei o pouquinho da porta que abri e me dirigi a única porta que faltava para mim seguir. Que seria aquela na qual vi alguém passando. Vejamos onde isso vai dar.

━ Que não tenha ninguém aqui.

━ O que foi isso?

O som de um homem falando alto.

Os passos pareciam apressados.

Fora que eram muitos aparentemente.

Dava a entender que estavam subindo mais e mais. Talvez eu tivesse acertado ao imaginar que ali era um acesso aos andares. O que se esconderia lá para cima?

Pareço estar chegando no meu objetivo. O sujeito fora rápido em trazer as puta pra cá. Avanço pela porta com cuidado olhando se ninguém desce ou sobe. Preparo a katana desembainhada para ação rápida. Sentia meus instintos dizendo que seria de grande valia estar um passo afrente. sem precisar sacar a espada depois. Iria subir com cuidado tentando seguir o barulho.