Finalizado - Sombras da Guerra, Handa

Missão -  Sombras da Guerra

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Depois de apanhar mais um pergaminho de missão você sai da fortaleza e caminha pelo lugar, naquele momento, segurando o pergaminho tu te lembra o seus motivos para ter se alistado às forças militares e por tão incansavelmente correr atrás de algum reconhecimento, durante essas últimas aventuras vivenciadas uma voz de dúvida pairou sob sua consciência, silenciosa e discreta mas ainda assim audível é uma sensação desagradável que tu decidiu se esquecer e enterrar, assim como outros acontecimentos que lhe eram impostos e tu encarou com um sorriso no rosto.

Uma brisa gélida te tirou destes pensamentos e te trouxe ao momento atual, onde estavas diante da saída do local, podendo seguir para o destino da investigação ou retornar à fortaleza para buscar algo.

Pergaminho:

MISSÃO -  SOMBRAS DA GUERRA

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Tu sai da fortaleza, passando pelos grandes portões que guardam a base militar e sua missão oficialmente se inicia. Conforme tu caminhava do centro da fortaleza e passava pelo jardim, você vislumbrou próximo a ala médica a quantidade de soldados feridos ou até mortos, militares médicos saiam lá de dentro da sala carregando corpos e na expressão de todos os mesmos olhos profundos de cansaço e exaustão, e você sabia que as coisas não estavam bem para a Aliança. Mas dentre a iris e a pupila de cada soldado havia um brilho diferente... determinação e lealdade, era visível que todos ali arriscariam tudo sem arrependimentos pelo Lorde Ichijo e o povo da Aliança de Mogami.


Já na estrada, após um período de caminhada tu te lembras, mas não como uma memória distante, mas sim uma lembrança concreta duma história que seu Pai, um General Famoso e reconhecido, lhe contava quando criança, teus olhos brilhavam e dentro de si uma chama que até hoje você não sabe explicar queimava forte ao ouvir as façanhas. O grande Ryosuke uma vez lhe contou duma rota oculta e segura, entre as montanhas próximas à fortaleza Hirawata que podia ser acessada circulando a montanha, sem necessidade de passar pela floresta, oculto de todos.

Pode seguir pela estrada principal, passando pelas florestas e montanhas, ou seguir pela rota que de tanto ouvir histórias, conhecia tão bem.

MISSÃO -  SOMBRAS DA GUERRA

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Por algum motivo que não sabia explicar você decide seguir pelo caminho da tua lembrança.

Seguindo pela clareira durante um tempo até chegar em áreas montanhosas, passando ao lado das bordas de uma floresta num caminho  tranquilo e sem muitas dificuldades, o caminho das histórias do teu pai ficava adiante, a floresta naturalmente cresceu e acabou se apossando de parte daquela região, mas mesmo assim você podia identificar os detalhes do lugar de que já havia ouvido falar, mas precisaria desbravar um pequeno trecho dentre a floresta. Neste momento ainda lhe era possível alternar a rota sem perder muito tempo, podes seguir pelo caminho das tuas memórias ou retornar e tomar o rumo pela estrada principal.

MISSÃO -  SOMBRAS DA GUERRA

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Como de costume, você se mantêm fiel às suas escolhas e segue obstinado pelo caminho que não tardaria a se revelar como uma boa escola, ou não.

Tu adentra as bordas da floresta ao pé da montanha e sente que o clima mudou, no mais distante que teus olhos permitem enxergar tu percebe uma névoa densa nas entranhas da floresta, esgueirando-se entre as árvores que pareciam criar formas monstruosas ao fundo, percebe que tua visão só não alcança mais longe pois a partir de certo ponto a floresta impede a passagem de luz, como se qualquer partícula iluminada que se aproximasse fosse devorada cruelmente pelo local, de certa forma você se sente grato por não precisar ir até aquele local e também entende o porquê desta rota ser tão segura, ninguém seria tão maluco de passar por esta região.

Você caminha com olhos atentos aos arredores, prestando bastante atenção em possíveis inimigos ou em recompensas, com interesse maior na segunda opção, apesar de todo o terror ao redor tu não sente medo, talvez pela sua grande determinação em atingir seus objetivos ou alguma espécie de tolice.

Durante a caminhada, sem grandes novidades, você acha seu caminho com facilidade, tu passa por localizações com grama baixa que cresce conforme você se aproxima da entrada e segue adiante até finalmente reconhecer claramente o local a sua frente, tratava-se de uma caverna que perfurava as montanhas, mas tão escondida num ângulo tão improvável que dificilmente alguém que não soubesse o que procura, saberia encontrar, mas você, que tanto ouviu sobre o lugar sabe com certeza, mesmo com todas as árvores e vinhas selvagens que cresceram e ocultaram sua entrada, não tinha dúvidas a respeito da entrada da passagem, ela estava diante de ti, contudo, seus ouvidos atentos detectam numa proximidade um ruído de algo metálico batendo no solo, como se algo como uma espada, ou um gancho tivesse caído no chão, tu sabe da onde veio o som, mas para descobrir sua origem teria de caminhar floresta adentro, o que seria mais importante neste momento? A missão, que lhe garantiria uma recompensa monetária ou este ruído curioso rodeado de incógnitas, sendo uma delas, a possibilidade de um tesouro.

MISSÃO -  SOMBRAS DA GUERRA

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Diante das possibilidades que sua cabeça começam a maquinar você sucumbe aos teus desejos pessoais e resolve seguir aquele barulho que o guiava para dentro da floresta. Mesmo sem saber se aquele desvio valeria a pena, visto que estavam em jogo recursos relevantes para seu lar, que não está numa situação boa, você decide pelo bem individual.

Começa a caminhar, cautelosamente, passando pela grama alta, esgueirando-se entre a floresta recheada com árvores tão imponentes e bem estruturadas que formavam uma espécie de teto verde, impedindo que boa parte da luz que vinha de cima sequer chegasse ao solo.

Você consegue se esgueirar com sucesso usando a floresta ao seu favor, após avançar cerca de 20 metros floresta adentro tu ouve novamente o ruído e sabe que já está bem próximo, usando uma árvore de cobertura você espia logo adiante, numa espécie de "clareira", com um raio aproximado de 5 metros, está uma criatura verde de orelhas pontudas, cabelo ralo e baixinho, trajando algum tipo de camisa vermelha com uma calça preta e uma espécie de cesta nas costas.

Não demorou muito para você notar a origem do ruído que havia escutado, ele estava de costas para você tentando agarrar alguns aparatos que haviam caído no chão, mas por algum motivo ele estava atrapalhado e ao apanhar um objeto, ele derruba outro no chão.

[???]  Porcaria, porcaria... agarra essas coisa seu burro... silêncio silêncio! Ouvidos "nasarveres" !

Sua aproximação com cautela foi tão bem executada que ele não te notou ainda.

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MISSÃO -  SOMBRAS DA GUERRA

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A criatura esquisita continua a tentar agarrar aqueles aparatos estranhos enquanto derruba outros mais, e dentre toda aquela confusão causada por ele mesmo, tu prepara um movimento que ocorre oculto em meio aquela baderna.

Você une suas mãos a frente de seu rosto e uma energia emana do teu corpo, elevando algumas mechas de cabelo e até partes das tuas vestimentas, como se uma atmosfera própria emanasse de ti. Todo esse poder evocava do solo uma matéria que era não apenas um poder comum, mas algo extraordinário e cobiçado, tua herança sanguínea.

O solo treme e a criatura se assusta com o tremor, deixando cair as coisas que segurava, provocando mais barulho no local, ela pragueja algumas palavras ao vento numa linguagem que tu não conhece, mas antes de qualquer reação uma quantidade considerável de raízes rompe o solo e investe rapidamente na direção daquela pequena criatura que agora parecia ainda menor diante do teu poder. As raízes envolvem o corpo dela num abraço bruto e poderoso e quanto mais ela se debate, mais aquelas raízes parecem prender teu corpo até que ele simplesmente não consegue emitir movimentos ou solavancos com o tronco, você a têm sob custódia, seus braços estão presos para baixo junto ao corpo.

[???]  [Linguagem Desconhecida] - Braveja alguns segundos palavras ininteligíveis - Tô sentinu teu fedô jacaré! Maluco nojento, larga a gente, fizemo nada de errado procê não! Sai dai tamo  te vêno

A criatura farejava o ar rapidamente, e continuava a praguejar em palavras desconhecidas enquanto debatia as pernas e balançava a cabeça para todo lado, mas ela não parecia saber onde você estava, você tem a sensação de que ele estava blefando.

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MISSÃO -  SOMBRAS DA GUERRA

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Aquela criatura foi tão facilmente capturada pelo teu ataque que alimentou muito bem a sua confiança e lhe respondeu suas dúvidas sobre a periculosidade daquele ser. Ele continua a se debater mas para quando ouve teus passos, você contorna o corpo daquele Goblin e assim que entra no campo de visão dele seus olhos se encontram, ele acompanha seu movimento com os olhos, e de certa forma você percebe que os ombros dele relaxaram, ele para de se contorcer como antes, apenas olhando para você.


[Daiko]  Coisa feia? Coisa Feia nois? Seu, seu [Linguagem Desconhecida] - Ele diz algumas palavras em um dialeto diferente de tudo que você já ouviu, mas tu não precisa falar a linguagem deles para entender que ele te ofendeu - Ele qué sabê que que nois qué, que que nois faiz... ele é nossa mãe? - Ele olha nos teus olhos mas você sente que ele não está olhando para você, mas para algo em você, como se enxergasse através de si - Poderia soltar-nos? Acredito que não tenha intenções maliciosas, assim como nós não temos... nós somos, Daiko. Volto a solicitar, poderia nos soltar? Não vamos acabar com... problemas.

Repentinamente ele muda totalmente a postura, a articulação das palavras e gestos corporais, até mesmo a forma com quê ele te encara muda, os olhos dele estão mais, sábios e obstinados, como se encarassem toda a sua essência.

Ao encarar os olhos dele, você sente em seu corpo, um arrepio que origina do teu coração e se espalha para todas as direções do teu corpo como se viajasse através da tua circulação de chakra. Tu sente que de alguma forma, aquela pequena e atrapalhada criatura, era mais do que ela se revelava para ti, que era era muito mais, contudo, você não se sente ameaçado, você de alguma maneira, por instinto ou por uma intuição, sente que a criatura não tem intenções maléficas para contigo.

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MISSÃO -  SOMBRAS DA GUERRA

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Seu movimento bem sucedido  subjugou aquele ser tão facilmente que quaisquer receios em sua mente eram banais, para tu não havia motivo algum em ser razoável ou medir palavras com aquela criatura, um ser visivelmente inferior, que vivia à margem, escondida nas florestas, vivendo numa espécie de miséria.

Você continua proferindo algumas quantas palavras endereçadas diretamente à criatura, calmamente destilando palavras afiadas e incisivas que calariam fundo qualquer criatura ou ser que estivesse sob domínio, contudo, Daiko apenas continua a te olhar, sem esboçar reação alguma. Aquelas pupilas negras estão tão finas que muitas vezes parecem inexistentes, e naquela esclera amarelada, tu pode ver nitidamente a sua imagem refletida.

[Daiko]: Tenho uma ideia melhor para você... sim é, exato, vamos perguntar sim. - Essa última frase, embora um trecho você tivesse certeza de que era pra você, a segunda parte ele parecia concordar e falar com outra coisa antes de continuar a falar contigo - Ai, guri, espia só... vamo te contá uma parada é... é sim, se você responde, nois se falamo, e te responde uma pergunta hein... hehehehe é sim, o mestre fala você desembucha na resposta certa... mas se tivé errado, hehehehe - Novamente ele voltava a falar daquela maneira capiau e desordenada, e você nota novamente que todo o comportamento, expressões e trejeitos mudaram, até mesmo a sua pupila estava diferente, maior, expressiva.

Entre aquelas palavras mal faladas num vocabulário bem pobre, tu nota por um momento, apenas um breve momento, que a pupila negra e cintilante toma todo o olho da criatura, e lá dentro daquela imensidão você enxerga a sua própria imagem, refletida incontáveis vezes, e sua imagem refletida te encara diretamente nos olhos e sorri, um sorriso de escárnio, aquilo te provoca uma sensação desagradável que você não sabe definir ao certo. Antes que tua mente pudesse sequer processar direito o que ocorreu, tudo está de volta ao normal, aqueles olhos amarelados te encaram.

[Daiko]: Mesmo sendo mais leve do que um galho, mais frágil que uma pluma, o homem mais forte do mundo pode morrer se me segurar durante um longo período... Shoguns, crianças, mulheres ou monges, todos, todos morrem ao me segurar por muito tempo.... O que eu sou? - Você sente essa voz vindo do seu lado, rodeando e envolvendo-o, como se alguém estivesse ao seu lado, falando, andando e rodeando... tu não vê a boca de Daiko se mover, apenas um riso debochado é emitido, essa voz, mesmo sendo dele, não está saindo de sua boca.

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MISSÃO -  SOMBRAS DA GUERRA

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Apesar de todos os seus instintos e sensações intuitivas lhe comunicarem uma mensagem, tu ignora esses sinais, talvez por ceticismo ou teimosia, mas tua cabeça estava formada e para ti, não havia sentido algum perder tempo com aquela criatura nojenta e... inferior.

Tu caminha em direção a ele e esses passos lhe enchem de confiança, tu posiciona a mão sob o cabo do seu armamento e este gesto, apesar de tão simples, lhe empodera e você cresce muito naquele cenário e tem a impressão de que aquela criatura fica cada vez menor, e é assim que você pensa naquele ser, não cogita nem por um momento em chamá-lo pelo nome com o qual se apresentou à você, alguém tão minúsculo quanto o mesmo, perto de ti não deveria sequer ter um nome, quiçá fazer-lhe charadas. Naquele momento você sente em seu intimo uma força orgulhosa aquecendo-o por dentro, uma forte emoção que de certa forma te faz se lembrar do seu pai.

Daiko acompanha os seus passos, olhando-o no olho, e não move um músculo sequer,  em seu semblante, tu pode perceber certa decepção em seus olhos, mas isso talvez te cause mais fúria, afinal, por que raios uma criatura se sentiria daquela forma?

[Daiko]:  Mesmo sendo mais leve do que um galho, mais frágil que uma pluma, o homem mais forte do mundo pode morrer se me segurar durante um longo período... Shoguns, crianças, mulheres ou monges, todos, todos morrem ao me segurar por muito tempo.... O que eu sou? - Ele repete a pergunta, de maneira calma e bem articulada, e te olha nos olhos.

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MISSÃO -  SOMBRAS DA GUERRA

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A cada passo que você dá, aproximando-se daquela criatura, você sente mais e mais desprezo dela e por existir pessoas que sequer consideravam como forma de vida essas criaturas tão pífias.

Tu se abaixa, próximo a criatura olhando-a diretamente em seus olhos, você sente o odor úmido que emana da pele dele, o hálito agridoce cítrico, e aquilo tudo te enoja, você sente uma enorme repulsa daquilo, para você, ele é menos do que algo que grudou na sola do seu sapato, pois algo que grudou no seu sapato, lhe causaria algum problema e alguma reação, enquanto que este ser não lhe é nada, absolutamente nada.

Você levanta a sua espada, e encara a criatura mais uma vez, que volta a proferir a mesma pergunta enquanto tu desce o braço num corte vertical rápido, e naquele instante, poucos segundos antes de acertá-lo com o teu golpe, a voz de Daiko não mais era a voz dele, mas sim uma voz que você reconhece de imediato e que há muito você não ouvia, aquela doce e inocente voz.... Hana, a sua jovem e pequena meia irmã. Naquele mesmo instante além da voz dela, tu enxerga naqueles olhos, uma silhueta familiar, mas tudo isso se rompe quando a lâmina atinge precisamente a testa da criatura, que solta um suspiro e te olha, com olhos de decepção e você enxerga a vida deixando os olhos dele.

Quando tu remove a sua lâmina da testa daquele ser, do buraco que ficou naquela cabeça, uma grande quantidade de gafanhotos e sangue jorra de dentro da criatura, o sangue banha a sua lâmina e consequentemente suas mãos, é uma visão extremamente perturbadora, não parecia com nada que você já tenha visto até então. Aquele zumbido ensurdecedor parece ecoar dentro do seu cérebro, a textura daquele sangue, consistente e um tanto quanto gelatinosa a escorrer na sua pele, quente, muito quente, te causa repulsa imediata, e em meio aquele caos, tu ouve o riso dela.

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