Finalizado - Teste Genin, Hideo

Não é que eu esteja com medo, mas eu acho que enfrentar esse troço de cara pode não ser a melhor das ideias. Mas e agora que estou encurralado, está tudo bem? Sim, eu posso usar minha habilidade Adesão de Chakra para tentar escalar a parede, e assim eu faria! Eu tentaria subir uns 10 metros se fosse possível, para me colocar a uma boa distância do bicho.

Vida: 70/100
Chakra: 170(-20)(+10)/180

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Que. Porra. Foi. Essa?! Agora eu não sei se fico puto ou com medo. Medo?! Digo, eu não tô com m-medo. Só puto e confuso. Uma sombra te perseguindo e gritando atrás de tu em um lugar escuro e isolado, isso não é nem um pouco assustador, no máximo tosco!

"Me solta, seu merda!" — eu punha a mão em minha Wakizashi e a usava para cortar o braço do vulto que me segurava. Não sabia se seria eficaz contra uma sombra, mas não custava tentar. Bem, talvez tentar e falhar custasse minha vida, mas ignoremos essa informação.
Vida: 70/100
Chakra: 180(+10)/180

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De alguma forma os seis lobos que enfrentei na primeira missão já não pareciam muita coisa, não importa quão ruim esteja a situação, sempre tem como piorar. Eu estava em queda livre e já não tinha nada que eu pudesse fazer. Não importa o quão incrível eu possa ser, eu não vôo. Será esse meu fim? Ou eu acordaria subitamente em frente à velha de olhos brancos? "Merda! MERDA! MERDA. MERDA MERDA. MERDA MERDA MERDA!!" — eu começava a gritar em vão, completamente impotente que eu me sentia.

Tinha apenas uma coisa que eu poderia fazer em minha mente, mas... eu faria isso mesmo?! Seria falsidade minha se eu assim fizesse? Terá de ser feito. Terá de ser feito. Estava escuro, então era difícil ver, mas eu sabia que meu rosto tinha ficado um pouco vermelho, envergonhado do que eu estava prestes a fazer.

Eu puxava meu Ídolo de Jizo que eu carregava comigo e tentava me estabilizar no ar de forma que eu ficasse de joelhos enquanto caía. "Ahem... senhor Jizo. Eu sei que eu costumo xingar os deuses e culpá-los por meus problemas, mas se tu me ajudar, eu prometo-" — não, isso não tá bom! Eu falava esfregando minha cara com a mão livre. "Senhor Jizo, eu preciso de ajuda! No momento eu sozinho não sou capaz de sair dessa, então eu suplico que não me deixe morrer!!"

Vida: 70/100
Chakra: 180/180

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"Nem fudendo" — eu estava boquiaberto, e não conseguia esconder minha imensa surpresa. Eu achei mesmo que era meu fim. Seria esse um efeito da droga? É o mais provável não? Ou é... real?! Eu acho que da minha perspectiva é real? Ah, cara, eu tõ vivo, tô nem aí se é real ou não!

"Senhor... Jizo. Ahem, muito obrigado por me salvar. Sério mesmo, eu tava perdidinho se não fosse por tu, serei eternamente grato! Eu nunca fui muito religioso, então eu não sei como me comportar na sua frente, então eu peço desculpas caso eu haja de forma inapropriada" — eu falava com as palmas abertas se tocando logo em frente ao meu rosto, que estava levemente abaixado. Se eu tinha que ser respeitoso com meus superiores, cara, com um ser celestial que ainda por cima salvou minha vida, mais ainda. De forma alguma isso feria meu orgulho ou coisa do tipo.

As pessoas costumam ficar putas comigo, mas dessa vez eu não posso irritar uma divindade. E não digo isso apenas por não querer levar um porradão, mas porque eu genuinamente estou grato por estar vivo. Ele me salvou, e nisso ganhou meu respeito, ser real ou não é um mero detalhe sem importância. "Eu estou completamente perdido, não sei onde estou nem o que está acontecendo e muito menos consigo diferenciar o real do imaginário. Eu sei que você acabou de me salvar, mas seria possível que você me ajudasse a sair desse lugar?" — eu não sabia como funcionava as intervenções divinas, mas espero que não tenha uma cota de uma ajuda por pessoa.

Vida: 70/100
Chakra: 180/180

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Essa parada de comer carne e beber sangue me parece meio nojento, espero que seja metafórico. Fora isso, gostei dele, a paz que eu sinto perto ao seu redor me faz lembrar de minha mãe. Ela costumava orar para os deuses, apesar de que não sei para quais. Talvez Jizo estivesse entre eles, já que ela teve muitos filhos.

"Eu não entendo" — desgraça, ele vai achar que eu sou burro. "Qual seria essa palavra?" — eu perguntava porque eu não sabia mesmo. Não tinha entendido se era mesmo 'uma palavra' em específico ou o ele quis dizer. Ao invés de falar merda na frente da divindade, achei melhor eu perguntar.

Vida: 70/100
Chakra: 180/180

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Eu tinha ficado calmo por um tempo, mas ao ouvir a tal palavra, eu tinha percebido. Agora eu entendi que eu não tinha entendido nada antes, agora eu sei que tem algo de errado aqui, mas de jeito nenhum eu posso deixar isso transpassar. Como que eu vazo desse lugar? Eu não conseguia esconder minha cara de confuso, mas eu me justificava dizendo — "É meio difícil de entender essa palavra, teria como escrever, senhor Jizo? Ou, se tiver como, me diga algo que deixe o nome mais claro"

Isso era apenas um esforço meu de ganhar tempo para pensar. Cara, a droga me colocava em algum transe com criaturas demoníacas?! Que tipo de teste é esse? Não pode ser completamente imaginário, porque tem coisas aqui que eu não sei completamente, ao menos que fossem informações bem no fundo de meu subconsciente. Eu não sabia o que era a palavra ao certo, mas coisa boa não era.

Além disso, a velha Hyuuga tinha me dito algo sobre ter um coração honrado, encontrar a luz na escuridão e ser guiado por meus antepassados. Fora que esse pseudo-Jizo aqui na minha frente quer que eu diga essa palavra, Nyarlathotep mais ou menos isso. Mas esse não me parece um nome de um deus bom, fora que é semelhante aos gritos que eu ouvi vindo daquele vulto demoníaco, então de alguma forma o vulto maligno e esse falso Jizo estão conectados, significando que em circunstância alguma eu devo dizer essa palavra em voz alta. Seria o que a Hyuuga disse algo mais literal ou metafórico? Teria eu que achar de verdade meus antepassados para ser guiado por esse lugar escuro? Eu tentava refletir e desvendar as pistas.

Vida: 70/100
Chakra: 180/180

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O que posso fazer? Cara, mesmo não sabendo o que significa a palavra, agora eu posso ter certeza que esse não é o verdadeiro Jizo. Minha suposição anterior era que este seria a minha ideia do deus Jizo, que estaria bem correto, mas se fosse seguir fielmente a minha visão, jamais ele citaria tal coisa como Nyarlathotep, uma palavra a qual nunca ouvi falar. Muito menos iria pedir para eu repetir essa palavra ou sequer ficaria irritado ao ver que eu não estava compreendendo ele.

Seria esse Nyarlathotep por trás de todo esse lugar? Estaria ele tentando me manipular a que eu dissesse essa palavra por algum motivo? E por que caralhos esse era meu teste Genin?! Tenho que me acalmar e tentar buscar mais informações. "Me parece válido, posso sim falar esse nome e jurar minha fé, mas antes não seria mais justo eu saber um pouco sobre esse deus, ao menos? Ao meu ver não me pareceria honesto de mim apenas jurar minha lealdade por aí. Um juramento vindo de Hideo Miyazaki deve sempre ser o mais honesto quanto possível, e seria uma desonra ao maior deus receber de mim palavras sem significado" — minhas palavras eram verdade. Ainda que a mentira fosse algo natural para mim, eu não fazia juramentos sem significância. Eu apenas estava manipulando um pouco minhas frases, omitindo informações e declarando apenas o que julgava necessário. Tentava ao máximo ser persuasivo, já que tentar obter informações me parecia a única ação razoável. Eu era filho de meu pai, um comerciante, gostasse eu ou não, e eu não gostava. Só esperava que isso viesse a calhar, finalmente.

Vida: 70/100
Chakra: 180/180

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Eu deveria estar com medo. Correção, eu estava com medo. Mas também irritado por ser ameaçado e manipulado. "Sabe, querido pseudo-Jizo" — as palavras saltavam da minha boca antes que eu pudesse pensar no que eu tava dizendo, e não importa os acontecimentos seguintes, eu terminaria de falar o que queria. "Eu aprendi muito nesses últimos dias. Jamais pensei que eu me interessaria em ser militar, e olha onde estou. Algo que eu decidi para mim é sempre viver a vida do meu próprio jeito. Tem horas que eu me acovardo e não sigo meus ideais. Tem horas que eu me surpreendo comigo mesmo. Tem horas que eu apanho, e essa última ocorre bastante"

"Esses dias eu aprendi a ouvir a voz do silêncio, eu aprendi que sou um fantástico pescador, e de bônus estou ficando mais forte. E apesar de que eu fico puto muitas vezes, eu também me sinto bem, sabe. Estou feliz e puto!" — apesar de me alongar em minha fala, eu sentia que cada palavra era necessária. "Mas você e seu deus não podem me dar o que eu quero, porque isso agora eu já tenho. Digo, faltava uma bela garota, mas..." — eu seguia puxando o Ídolo frágil de Jizo que carregava em meu bolso.

"Você pode me bater se quiser, mas eu já sou mestre em apanhar, então sinto muito gyeheheh~. Eu também vou recusar você, que tentou me manipular e agora me ameaça. Dificilmente eu serviria um deus, mas certamente eu jamais serviria o seu" — eu seguia quebrando a estátua com a mão, ou se não fosse possível, a jogando no chão. Não sabia o que aconteceria em seguinte, mas mesmo apanhando eu não tinha um pingo de arrependimento.

Vida: 70/100
Chakra: 180/180

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Ele se foi, mas outro apareceu para tomar o lugar. Em uma situação normal, eu fugiria, mas nesse breu eu não via oportunidades para fazer isso. "Quem é você para falar o que é meu destino?!" — eu dizia gritando ao que estava atrás de mim, porém eu não encarava-o. Se eu não estava com vontade de saber quem estava lá, era melhor que não visse mesmo. Eu confio nos meus próprios instintos. Entretanto, eu já tinha uma ideia que quem estava atrás de mim era Nyarlathotep. Se ele respondesse à minha fala, eu retrucaria, o interrompendo — "Foi uma pergunta retórica, eu não quero saber quem você é, só quero vazar daqui o quanto antes"

Por fora eu me mostrava arrogante, mas por dentro eu estava assustado. Como se a morte não fosse o pior destino possível quando de frente a esse ser. "Você me quer tanto assim? Gyeheheheh~" — mas as emoções reais não precisam ser demonstradas. Eu tinha várias emoções fora o medo, eu também estava feliz e puto, como já tinha dito. Se sentisse ele se aproximando, eu usaria Cintilação Corporal para me distanciar.

Vida: 70/100
Chakra: 180 ou 150(-40)(+10)/180

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Eu ainda evitava encará-lo, era melhor não arriscar, sinceramente. Eu sentia aquelas palavras que serviam para me provocar, e essa tentativa não funcionaria... né? Ah, quem estou enganando, é claro que eu fiquei puto! "E pra que você tá me contando isso? Tá esperando que eu fique com medo?! B-bem, talvez eu sinta um pouquinho, mas no final tu é só um louco. Não sei como tu sabia dessas coisas, mas não me interessa. Nada disso aqui me interessa, se alguma coisa, como ambos não queremos nada um com o outro, me deixa vazar desse buraco e não veremos nossas caras nunca mais" — eu dizia com um tom de voz irritado e alto.

"Meus irmãos e minha vózinha ficarão seguros assim que essa guerra acabar, eu vou me certificar disso" — eu dizia com a mão fechada e apenas o polegar levantado tocando meu peito. "Quanto ao meu pai... — eu coçava a cabeça, incerto por um breve instante do que dizer. "Ele tem que ficar vivo também para que ele se surpreenda e admita a minha grandeza, gyehehehe~"

Eu terminava de falar, mas no fundo da minha cabeça eu ainda considerava. Seria mesmo ele insano? Qual a relação do teste Genin com ele? Ele podia ler minha mente? Ah, merda! Será que ele sabe que se o mundo acabar como ele diz, o que tá me preocupando é eu morrer virgem?! Merda! Merda! Não, tá tudo certo, ele não demonstrou que pode ler minha mente, improvável que saiba disso. Eu estava prestes a começar a contemplar os horrores do que ele disse, quando esse outro pensamento vergonhoso acabou tomando conta da minha cabeça. Eu aguardaria o que ele tinha a dizer.

Vida: 70/100
Chakra: 180/180

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