Finalizado - Quimono Vermelho

Trabalho: O Quimono Vermelho

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Hanzo, você está no pátio da divisão de controle e coleta o pergaminho de sua missão, em seu verso há as seguintes inscrições com orientações quanto as demais etapas para o trabalho:

"Para mais informações, consultar Yusuke no prédio principal da divisão de controle. A testemunha do crime está aguardando na sala de espera. Há outra testemunha nas proximidades do local do crime, o mercador Doca"

Considerações:

Trabalho: O Quimono Vermelho

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Ele reverenciou educadamente com as suas palavras – "Está tudo bem!" afirmou relevando o que você havia feito – "Obrigado pelo investimento, tratarei de fazer bom uso" e então coletou o dinheiro.

[...] A rua é extensa, você caminha por alguns minutos até encontrar uma fachada toda coberta por cortinas Noren, havia um agradável cheiro de ramen e takoyaki vindo de lá.

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Entro no lugar praticamente sendo guiado pelos cheiros de comida. Faz tanto tempo que não como nada disso que estes estímulos olfativos despertam diversas lembranças de um longo período que se acabou...

Ao entrar no local buscaria uma mesa para me sentar e ser atendido.

Trabalho: O Quimono Vermelho

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Hanzo moveu a sua mão direita na direção do estandarte, uma das várias cortinas uniformizadas que gritavam o nome do restaurante Izakaya* em Kanjis Berrantes, Gyoza Ramen! O cheiro era forte e oleoso, com um aroma salgado que penetrava as suas narinas com o gosto de pimenta e alhos refogados.

O chão era de madeira, a estalagem possuía aproximadamente oito metros por três e meio de largura o que impedia a existência de quaisquer tipos de mesa. No centro do salão, por outro lado, havia um enorme balcão que ocupava quase todo o cenário, ocultando com paredes finas de painéis velhos cobertos por cortinas, a cozinha. Ao redor do balcão haviam cadeiras, quase todas ocupadas, com exceção de uma que estava entre um velho e um homem mais gordo, cada um com um prato diferente.

O bar era servido por um homem grande, com olhos bem serrados e um cabelo muito curto, ele vestia um chapéu branco para evitar que sujasse a comida mas não parecia gostar muito, ao lhe ver se aproximando o homem anunciava –  "Bem Vindo ao Gyoza Ramen!"

"Izakaya é um tradicional bar japonês. São estabelecimentos que oferecem uma atmosfera casual e refeições por preços acessíveis. Neste local, é possível encontrar uma grande variedade de bebidas e alimentos"

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Olho em volta o lugar, observando-o antes de me mover, como se estivesse realizando um desenho na minha mente da estrutura do lugar, tentando encaixar as pistas que tive antes com o que atualmente estava diante dos meus olhos... não parecia se encaixar, não aqui... este seria o lugar errado? Ainda assim não poderia descartar a possibilidade, bem como poderia aproveitar para comer também.

Me aproximo do banco vago, devagar, deixando com que meus sentidos coletassem informações... ouvidos, olfato e visão. Observando os pratos de todos e suas características, até finalmente me sentar ao lado  daquele senhor.

- Obrigado! Gyoza por favor.

Trabalho: O Quimono Vermelho

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"Nah, dai ele disse que eu tinha que trabalhar extra na pedreira e sequer pagou o valor certo pelo trabalho" reclamou o que estava na ponta, para o seu colega a esquerda. Ambos pareciam trabalhadores e continuavam no tema de reclamar do próprio trabalho, ambos com seus pratos vazios.

Na sequência o velho, ele apenas degustava de um chá quente com alguns bolinhos de arroz e Nori (Alga), restava um e meio no seu prato. Do outro lado, após o banco vazio estava o rapaz gordo, ele levava um farto ramen que estava quase sendo finalizado até a sua boca e se saciava com o caldo apimentado enquanto gemia a palavra "Delicioso!", e, você se senta entre os dois.

Após solicitar o pedido, o homem que estava ali em frente sorriu e acenou com a cabeça – "Boa escolha! Tia! Uma porção pra um de Guioza" e então, com um pano, ele limpou toda a parte do balcão a qual você utilizaria para comer.

"Nunca te vi por aqui, qual seu nome?" questionou enquanto usava somente o braço direito para limpar a mesa, mantendo a esquerda apoiada em sua cintura, sorria levemente com um olhar fixo para ti.

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Acenei com a cabeça concordando com o fato de nunca ter ido para este lugar.

- Um amigo me recomendou. Meu nome é Hanzo! Muito prazer Senhor.... ? - Esperei ele responder para então reverenciá-lo com a cabeça.

Olhei em volta novamente, admirando o lugar antes de voltar os olhos para ele - Que lugar aconchegante, parabéns, deve receber  diversos tipos de clientes.

Trabalho: O Quimono Vermelho

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O ambiente era surpreendentemente limpo, sem muitas marcas de sujeira e óleo manchando o balcão. Era surpreendente ainda mais se considerado o tipo de comida que era servido ali. O chão de madeira também parecia ser varrido constantemente, quase não havia poeira e com o seu elogio o homem sorria.

"Ming, é um prazer Hanzo" respondeu reverenciando levemente e depois seguindo para mais longe, recolhendo um prato e um copo de um cliente mais ao fundo. O copo foi empilhado dentro da tigela e posto junto aos hachis que foram levados até a cortina que separava o balcão da cozinha no centro do bar. Ming esticava o braço e eles eram coletados, o cliente deixava algumas moedas sobre o balcão e se retirava.

"A maioria dos nossos clientes são diários, são raras as caras novas como você... Mas acho que não veio aqui só para comer" finalizou apontando com o nariz para o broche militar da aliança Utakata.

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Seja numa katana nova ou numa katana velha, se não houver cuidado e zelo, ambas irão ruir. De certa forma podia arriscar um palpite afirmando que  era fácil compreender o motivo  das pessoas voltarem para lá.

- Ming! - Repeti o nome dele educadamente apenas para recordar.

Ele nota minha plaqueta militar, gesticulando com o nariz, não olho para a direção apontada, mantenho os olhos nele, apenas balanço aceno com certo pesar nos olhos, queria muito que fosse uma visita apenas para saborear a boa comida, mas infelizmente não é desta vez que isso acontecerá.

- Bem observado Ming, você está certo, infelizmente. O senhor é observador, qual o seu palpite? - Pergunto olhando nos olhos dele.

Enquanto olho para Ming não posso deixar de perceber o aroma no ar de comida fresca... É muito bom.

Trabalho: O Quimono Vermelho

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"Mais!" berrou uma cliente que estava sentada mais próxima da porta, erguendo um copo de madeira e o batendo contra o balcão, suas bochechas estavam coradas e o equilíbrio lhe era escasso. Você olhava na direção da porta e percebia que já era noite e a chuva começava a crepitar em Utakata.

Ming se aproximou dela coletando o copo e retornando para perto da cozinha, mas sem entrar, ele ergueu o braço e alcançou uma garrafa de saquê que estava em meio a muitas outras "Não faço a menor ideia, Hanzo" ele respondeu com um sorriso de canto, despejando mais saquê sobre o copo e quando estava quase completo bateu ele no balcão na sua frente, e, com um rápido movimento com a mão o copo passou por todos os clientes e parou em frente a garota.

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Já é noite? Caramba, parecia que o dia nunca mais iria acabar e repentinamente estamos a noite... Eu não gosto de chuva ela atrapalha muitas coisas.

- Nada? E eu pensando que poderia tirar uma folga... -  Suspiro como se estivesse um pouco cansado -  Uma garota foi assassinada perto da loja do Doca, algumas evidências apontam que ela pode ter passado aqui antes, esperava saber mais sobre isso vindo até aqui. Sabe de algo que pode me ajudar?

Bom, se ela passou aqui, este homem a teria notado, os comerciantes parecem saber de tudo...  Tento detectar se a sua resposta é uma verdade ou não, tanto na voz quanto na expressão facial e corporal.

Trabalho: O Quimono Vermelho

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O velho que estava ao lado encarava os dois enquanto conversavam, e Ming lhe observava constantemente com um olhar pensativo. Ele balança a cabeça negativamente e depois olha ao redor:

"Recebemos muitos clientes todos os dias, como eu poderia saber algo sem um nome sequer?" argumentou dando com os ombros e nessa hora, um grito dos fundos anunciava o prato feito. Ming se retirou por um momento e lhe entregou uma tigela com 3 pães Guioza servidos, estavam bem quentes, exalando uma fumaça e apresentavam uma aparência bem crocante.

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Antes de começar a falar, descarregando algumas informações em Ming, aguardo ele retornar, com aqueles 3 pãezinhos que acabaram de sair do fogo, podia ver aquela fumaça branca ascendendo acima deles dançando no ar, olhando bem consegui inclusive reparar na sua consistência ainda sendo frita pelo resto de óleo quente ainda espalhado na massa... o cheiro me toma as narinas, é agradável, caloroso, me desperta muita vontade.

Assim que ele o coloca sob a mesa,  uno ambas as mãos e agradeço - Itadakimasu!

Preciso esperar esfriar um pouco, não tinha desejo algum de queimar a língua é extremamente desconfortável, então olhei para Ming, - Era uma garota usando uma yukata amarelada, com uma faixa vermelha em volta da cintura, estava com maquiagem no rosto, batom, sombra e pó.... As unhas pintadas de vermelho. Estava acompanhada por um rapaz alto, de cabelo curto usando um quimono vermelho escuro... vinho.

Tentava esfriar  os pãezinhos para começar a comer um deles enquanto Ming pensava.

Trabalho: O Quimono Vermelho

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Enquanto você os descrevia Ming mantinha a mão no queixo enquanto pensava, não parecia assimilar nada até você falar do rapaz alto e de cabelo curto – "Oh" esboçou tendo uma epifania.

"Ah sim, lembro desses dois! Um belo dum casal jovem, eles geralmente vem uma vez ao mês" concluiu sorrindo e acenando positivamente com a cabeça, provavelmente orgulhoso de sua boa memória.

Conforme você mastiga o pão guioza, sente a crocancia de sua massa a cada mordida, liberando o vapor de sua carne quente, apimentada e salgada o suficiente para lhe fazer salivar antes mesmo de tocar na sua boca.

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Aquele som estala em minha boca a cada movimento, mais do que folhas secas ao serem pisoteadas, e um festival de sabores acontecia em minha boca conforme esses pedaços tocavam em minha língua e seu odor invadia meu nariz, meus olhos se fecharam por um breve momento e sorri.

- Isso está Incrível!!!!

Elogiei saboreando aquela maravilhosa alimentação... Poderia pedir mais, com certeza devo pedir mais, não... Não! A missão, foco na missão.

- Não esperava menos de alguém tão detalhista Ming-San. O que pode me falar sobre eles?

Trabalho: O Quimono Vermelho

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O movimento ia ficando mais fraco, o velho ao seu lado entregava o pagamento e se levantava sem nada dizer, o rapaz mais gordo pedia outro prato que era diretamente repassado a mulher que trabalhava na cozinha.

"Pareciam bem apaixonados, uma pena ela ter sido assassinada, e o rapaz?" questionou, recolhendo a louça suja que o velho havia deixado assim como os eu pagamento, levando o pagamento até o seu cofre e a louça suja através da cortina, para que fosse coletada e lavada...

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Me permito comer mais um pãozinho crocante antes de continuar a falar, dividindo meu tempo para apreciar o sabor e organizar o que me foi falado no meu mapa mental.

- O Rapaz está desaparecido por enquanto... Quais os nomes deles? Onde moram? Lembra de alguma marca, tatuagem ou característica que o rapaz tem?

Olho para meus dedos, sujos de óleo e migalhas, fico me questionando se deveria lambê-los, e se isso seria desrespeitoso ou estranho...

Trabalho: O Quimono Vermelho

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Ming gesticula negativamente com a cabeça e cruza os braços, relutante com a sua pergunta, ele dava com os ombros fazendo como quem não tivesse a menor ideia:

"Entendo que este é o seu trabalho, Hanzo... Mas por que pergunta como se eu soubesse seus nomes, ou sequer onde moravam? E não, eu não lembro de nenhuma marca, era só um rapaz comum." confirmou incomodado antes de seguir até o canto onde estava a garota e limpando com um pano, antes de recolher os copos usados.

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Apanho o último pãozinho, e começo a saborea-lo, deixo que sua consistência derreta na minha boca... Ele já não estava tão quente quanto os outros mas ainda assim estava delicioso. Depois de terminar de comer volto a olhar para Ming.

- Para mim isso não é só um trabalho Ming... Utakata é nosso lar, todas as pessoas que conhecemos e gostamos estão por aqui... Nós já estamos em guerra fora destes muros, esse tipo de coisa acontecendo dentro... Você sabe o meu nome, e sabe também que eu nunca vim aqui, sabe a frequência com que eles vinham, e eles devem ter conversado, mesmo que por um incrível acaso o senhor não tenha lhes perguntado seus nomes, Ming, durante as conversas eles teriam mencionado algo...

Continuo fitando-o com um semblante inexpressivo agora.

Trabalho: O Quimono Vermelho

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Ele dá com os ombros e ri um pouco, acenando com a mão da esquerda para a direita em frente ao rosto – "Você não sabe como os jovens são reclusos." falou num dom de que qualquer tentativa de comunicação com eles fosse falha:

"Mas sabe... O rapaz parecia humilde, sempre com sandálias de palha, marcas de trabalho e tudo mais. Já a garota, parecia sempre estar bem vestida e maquiada, e, acho que ela tinha uma pulseira, ou colar... Não lembro muito bem!" respondeu, ainda pensativo e com a mão no queixo.

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Muitas informações que levantavam outras perguntas, preciso clarear a mente para pensar... Talvez escrever tudo isso? Não tenho os materiais necessários. Suspiro, um pouco desapontado.

Tento me lembrar de cabeça o que tem na região norte da vila, local para onde a Hama viu o suspeito correr.

- Eu agradeço as informações Ming-san, existe algo que acredite ser relevante e queira me contar?

Termino de comer enquanto ele pensa.