Finalizado - Coleta de Ervas, Kurisu

Fiquei aliviado de ter acertado a flecha, até que o Arco Uchiha que eu jurava que jamais iria usar provou por ser útil. Olhei ao meu redor... a situação só ficava pior a cada momento. Tinha que, antes de tudo, me livrar dos dois goblins que estavam à minha frente. Irei atacar o armado, em primeiro momento, o de escudo pode ficar para depois. "Há quatro mais deles se aproximando à distância, tente segurá-los por um momento" — avisei, gritando ao irmão de Hana.

Avancei alguns passos, trocando de arma para a minha Wakizashi, encarando a criatura verde que segurava uma arma, eu tentaria o mesmo ataque que tinha feito no outro goblin. Talvez até não seja a ação mais criativa, mas possivelmente a mais eficiente na situação. Faria um corte, buscando decaptar o inimigo, tentando fazer jorrar o máximo de sangue que eu conseguisse, visando a aterrorizar a criatura verde que segurava um escudo. Sendo meu ataque efetivo, apenas o encararia, com um olhar ameaçador, o que talvez o fizesse ficar assustando e não atacasse, ou possivelmente até fugisse? Não tinha como eu saber sem testar. Caso meu plano desse errado, no entanto, no momento em que fosse atacado, pularia para a direção em que Hana estava, tentando esquivar enquanto chego mais próximo da garota, mesmo que só um pouco.

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"UGHH!!" — urrei de dor ao ter meu pé pisoteado, malditos sejam os goblins!! Entretando, não tinha como eu não notar... era estranho como tantas emoções tinham vindo à tona em uma única batalha. Rapidamente tento recompor minha compostura para lançar um ataque.

Aproveitando que o escudo está protegendo a barriga da criatura e de que sou mais alto que ela, elevaria minha Wakisashi acima da cabeça do monstro, fincando a espada na face da criatura, usando as duas mãos no momento de enfiar e retirar a arma, para ter mais equilíbrio, força e estabilidade. Seguiria por posicionar minha espada à frente do meu corpo, tentando bloquear quaisquer tentativas de ataques subsequentes. Tenho que terminar isso o mais rápido que me for possível, não acho que a Hana e seu irmão conseguiram cuidar dos quatro goblins por si sós.

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O goblin machucado está tentando fugir... eu não deveria permitir, ele poderia chamar mais deles. Entretanto, não tem como eu fazer nada com o colega dele na minha cola. Tenho que terminar isso rápido... iria tentar retirar minha espada da boca da criatura, girando a espada de leve, balançando-a e terminaria por tentar deslizá-la pra fora. Caso eu falhasse, iria pisar no pé do monstro em uma tentativa de forçá-lo a largar minha arma.

Em uma situação de sucesso em retirar a Wakizashi sem necessitar da pisada, eu seguiria por dar um golpe final na criatura, enfiando a lâmina no pescoço do goblin. Falhando na primeira tentativa de retirar a arma, mas sucedendo após pisar no pé dele, esperaria o próximo golpe do monstro, enquanto tento esquivar. Na ocasião de falha mesmo após pisar no seu pé, tentaria esperar por uma oportunidade de retirar a espada no momento que eu fosse atacado, e assim eu faria.

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Vendo o cenário em minha volta, fiquei um pouco contente de no momento o irmão de Hana ser um aliado, e não um inimigo. Quais são minhas opções?! Devo apenas repetir o que fiz anteriormente e falhei? Não é como se tivesse tempo para pensar. "Se vocês me ajudarem aqui, consigo ajudar vocês!!" — gritei aos dois bandidos, no entanto sem esperar que fizessem alguma coisa e já dando seguida ao meu ataque.

Tentaria dessa vez uma tática semelhante, mas ao invés de tentar retirar a espada, iria fazer a espada entrar no goblin, tentando rasgar sua boca. "Engole essa!!" — saíram palavras que nunca achei que um dia sairiam da minha boca, até eu fiquei surpreso... mas se meu ataque iria dar certo, isso sim me interessa. Falhar é uma possibilidade amarga que eu não gostaria de considerar, mas é real. Apenas ficaria pronto para esquivar de qualquer golpe subsequente caso meu ataque não entrasse.

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Estava prestes a sacar meu Arco Uchiha, mas acabei desistindo, minhas chances de acertar não eram as melhores, era melhor guardar minhas flechas para depois do que desperdiçá-las com um goblin fujão. Iria até Hana e seu irmão, dando uma disparada, movendo 10 metros em direção aos dois bandidos. "Não morremos..." — diria sarcasticamente, entretando poderia não parecer sarcástico, já que o tom da minha voz exalava sua frieza característica.

Esperaria ver o que eles iriam fazer, pessoalmente, eu não estava muito interessado em perseguir globlins pela a floresta, então se pudéssemos parar por ali, seria favorável a mim. Além de que tinha uma missão, e até o momento não tive qualquer progresso nela e eu já tinha me machucado um pouco e gastado uma flecha. Caso não fosse interrompido por eles, já iria me despedir — "Ainda preciso encontrar 10 ervas para terminar minha missão... tenho muito trabalho adiante, temo que teremos de seguir caminhos diferentes agora, boa sorte" — eu temia que Hana ainda quisesse me assaltar, apesar de que ambos estavam machucados, eu não tinha confiança que poderia derrotá-los se sua atitude frente a mim mudasse.

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"Bem... eu acho que eu sou bem incrível mesmo" — estranhamente minha voz não tinha a sua frieza usual, inclusive acredito que minha voz tenha saído quase com uma leve risada. Foi... estranho, mas reconfortante. Não queria pensar muito sobre isso agora, tinha uma missão adiante. Acenei com a cabeça, concordando com Hana — "Foi bom conhecer vocês... até mais" — e era verdade, era um tanto peculiar que eu, de todas as pessoas diria algo do tipo para uma garota louca que tentou me roubar e quase me matou. Supondo que não me dissessem nada mais, me despediria, dando continuidade à missão.

Minha atitude mudou, tendo me separado dos dois bandidos — "Gastei recursos importantes e ainda me machuquei sem fazer qualquer progresso na missão" — estava levemente frustrado, mas não havia nada que podia ser feito agora. Meus passos estavam menos vagarosos, visto que eu estava com mais pressa e determinado do que quando comecei. Enquanto andava,revistava o chão com os meus olhos, tentaria me aproximar das árvores, checando em volta de suas raízes e de seu tronco. Iria para uma parte da floresta que tivesse uma quantidade de vegetação considerável, mas não ao ponto de ser tão densa que atrapalhava a visão, pois afinal, isso poderia ser um empecilho em minha busca. Mas claro, para que não me perdesse, andaria em uma linha quase reta, tentando ter noção do caminho que tinha seguido.

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Recebendo a erva de Hana, apenas acenei com a cabeça e deixei o local. Pensando agora, eu devia ter agradecido — "Droga..." — falei dando um tapinha na minha própria cabeça — "Burro, burro... espero que eu possa encontrá-la um outro dia, para que possa agradecer". Apesar de serem uns idiotas, eles até que eram legais... estava um pouco desapontado de termos nos separado.

Deixando isso de lado, eu tinha encontrado mais uma erva. Não parecia haver nada suspeito, mas é melhor eu ser cuidadoso de qualquer forma. No caminho checaria bem o chão onde estava pisando, já que a grama era um pouco alta, vendo se teria alguma cobra ou o que seja em meu caminho. Em seguida, me aproximando da árvore, procuraria em volta dela e olharia no horizonte ao seu redor só para ter certeza que não há nada. Caso não notasse nada de errado, bem... eu tentaria pegar a erva.

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Estava tudo muito calmo... calmo até demais. Tentei, sem sucesso, puxar uma erva. Seria eu tão fraco assim?! Não há problemas, se força não basta, posso tentar usar a lâmina de minha Wakisashi para tentar cortar o caule da erva. Não imagino que será um problema, já usei a mesma espada para degolar um Goblin, logo, cortar um mero talo não deve ser difícil. Farei um corte gentil, na parte inferior do caule, enquanto que com a outra mão seguro o topo, afinal, não quero estragar a planta. Conseguindo, apenas a colocarei em minha polchete, e voltarei pelo mesmo caminho que segui até a árvore, ainda olhando ao meu redor e aonde eu pisava.

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Eu vou morrer. Esse foi o primeiro pensamento que passou na minha mente àquele momento. Pelo menos meu túmulo seria semelhante ao dela. Não me parece tão ruim, vou encontrá-la logo... Antes que eu mesmo me desse conta, no entanto, já estava desengajando do combate, e me movendo o mais longe que fosse possível. Eu não era exatamente veloz, então espero que aquela Árvore Psicopata também não seja. "Não adianta mentir para mim mesmo... a verdade é que eu quero viver!" — não era algo que eu admitia facilmente. Se é justo eu continuar vivendo, ainda me pergunto às vezes, mas eu não quero morrer aqui.

Não sabia bem o que era aquela criatura, mas certamente atacá-la com uma espada não é uma boa ideia. Se ao menos eu conseguisse usar jutsus de fogo... até me esconder não me parece a melhor das ideias, já que vovô não me ensinou a ser furtivo. Correr me parece a única opção remotamente viável.

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Ah... é, eu acho que eu vou morrer. Era estranho como eu poderia pensar isso logo após de proclamar o quanto desejo viver... eu era certamente uma pessoa peculiar. Não estava sentindo medo, era mais uma decepção. Eu sonhava viver o que nunca pude, e agora eu morreria. Nunca realizando meu sonho e abandonando meu avô...

"Mas se morrerei aqui, primeiro terei de ser pego..." Sem perder tempo, dei uma disparada na diração oposta da criatura, indo de volta para o mesmo caminho que eu tinha percorrido anteriormente para chegar até a árvore, buscando ser o mais rápido que for possível para fugir daquela situação.

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