Finalizado - Coleta de Ervas, Kurisu

Eu vou morr- Acho que já deu disso. Infelizmente, no entanto, não acredito estar sendo pessimista, é mais a minha realidade no momento. Ela está se aproximando. A Árvore Psicopata é alta, não é por menos... se eu continuar dessa forma ela vai me alcançar logo, tenho que tentar algo diferente... mas o que?

Já sei! Continuaria correndo em disparada, mas buscaria seguir algum caminho que dificultasse a movimentação da criatura. Qualquer coisa, desde um tronco bem grosso que estivesse caído, ou uma árvore com tronco com ramificações baixas o suficiente para eu passar facilmente, mas o monstro não, ou qualquer passagem que fosse estreita o bastante, tendo ele que possivelmente dar a volta no obstáculo. Revistaria o ambiente com os olhos, vendo se algo em meu caminho seria remotamente parecido com o que eu desejava. Não encontrando nada, eu apenas continuaria correndo na direção oposta do espírito da floresta.

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Está se aproximando. Eu continuaria correndo em disparada e tentaria a mesma coisa que tentei antes, buscaria um obstáculo com as mesmas especificações. Não tinha tempo para bolar um plano ou sequer para me preparar, na situação em que estava, aquela tinha sido minha única ideia. Agora vai dar certo... posso sentir. Mas é claro que eu não teria como saber, a Árvore está prestes a me alcançar... a adrenalina era certamente agradável, mas o risco iminente de morte não. Teria meu instinto falhado comigo?

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Tinha sido por pouquíssimo, como era evidente pela mão da Árvore que estava tão próxima de ter me pegado. Certamente o que fiz tinha sido uma baita de uma bela proesa, modéstia à parte. Não adianta correr. É matar ou morrer. Tinha sido pura sorte ter encontrado justamente o que eu precisava, se eu tentar correr agora, serei capturado de certo... mas agora eu tenho uma vantagem. Eu consigo passar por aquela passagem, a criatura não.

A mão da Árvore estava exposta, próxima a mim, como se implorasse para ser decepada. Não era uma má ideia, tinha o espaço e meu tamanho para minha vantagem. Assim faria, um corte horizontal rápido, aproveitando da vulnerabilidade momentânea do inimigo. Em seguinte, acertando ou não, se fosse possível, iria esperar ele vir atrás de mim, e então eu atravessaria a passagem novamente, indo para o outro lado, evitando que ele me atacasse. Entretando se isso não fosse possível, tentaria simplesmente esquivar do golpe da criatura, tentando ir em direção da passagem, no processo.

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"Isso certamente não é nada bom..." — murmurava, em primeiro momento, sem ter certeza do que fazer. Foi um erro tê-lo atacado. O que quer que aquilo seja, preciso impedí-lo. Atravessaria a passagem o mais rápido que fosse capaz, estando diante da criatura madeirosa. Não se espera o inimigo preparar sua habilidade especial... isso seria burrice, tenho que aproveitar a situação em que ele provavelmente está vulnerável.

Dessa vez miraria nos galhos de árvore que estavam em formação e tinham formato de meia lua, se estes fossem acessíveis a mim. Tenho que impedir que consiga completar seja lá o que aquilo seja. Caso por algum motivo, não fosse possível alcançar aquela parte do corpo da criatura, ao invés disso, miraria em seu pescoço, tentando decapitá-la. Mesmo que acontecesse o mesmo que houve com o braço dela, alguém, mesmo um monstro, não deve conseguir sobreviver com apenas metade da cabeça... não?

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Nem fod- ferrando que a criatura ganhou asas. Sequer era possível que voasse?! A criatura de madeira tem asas... ótimo, agora o que? Ela vai criar uma espada gigante a partir da mão para duelarmos, hahah... do que estou rindo? Eu vou morrer.

Não há o que fazer agora, se não terminar o trabalho que já comecei. Caso, novamente, as asas não estejam acessíveis a mim, iria tentar decaptar a criatura novamente. Buscando, preferencialmente, mirar na mesma parte que agora estava rachada. Pode ser difícil, já que é uma área pequena, mas desde que acerte no pescoço, tudo bem. Acertando ou não, em seguida ficaria de prontidão para bloquear qualquer ataque subsequente com a minha Wakizashi.

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É claro, é muito mais fácil bloquear a área machucada do pescoço do que eu acertá-la. Paguei por isso, foi tenebroso notar que minha lâmina tinha rachado, mesmo que levemente, se eu continuasse atacando seria apenas questão de tempo até que ela se quebrasse. Fora o dano que sofri, que não foi nada agradável. Que situação terrível eu me encontrava, nem posso escapar, porque além de ser mais lento, a criatura agora tem asas. Seria muito difícil acertá-la com uma flecha à curta distância, então de modo a ficar seguro teria de entrar pela passagem, mas com seu espaço limitado, seria muito difícil acertar o alvo. Em um curtíssimo espaço de tempo, eu considerava minhas inúmeras opções, mas nenhuma pareceria dar certo. "Talvez se eu..." —  tinha uma ideia que eu tinha desconsiderado, mas valia tentar.

Com meu Sharingan, provocaria uma alucinação na Árvore Assassina, tentando fazê-la pensar que está pegando fogo em todo o seu corpo, vendo se era possível distraí-la com aquilo. Fazendo isso, eu ficaria de prontidão a qualquer ataque da criatura, buscando esquivar. Evitaria bloquear com minha espada, já que esta já estava rachada, então uma esquiva me pareceu mais lógica.

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Urrei de dor ao ser atingido. Minhas emoções sempre foram mais discretas, quando comparado a outras pessoas, a tristeza, felicidade, ansiedade, medo. Entretando o mesmo não se aplicava com a dor física, eu era tão sensível quanto uma pessoa comum, então ser acertado por uma Árvore, sem dúvida alguma, doeu bastante. Ser lançado a uma considerável distância da criatura tinha uma única vantagem: agora eu podia usar meu Arco Uchiha.

Minha mente tinha se acalmado, mesmo com o risco de morte iminente. Minha respiração estava constante, minha mão mais fraca segurava o arco, e a mais forte, a esquerda, fazia a puxada. Meus olhos escarlates encaravam a cabeça do monstro, meu alvo, eu passei um breve momento mirando para melhorar minhas chances de acerto. Minha mão esquerda relaxa, fazendo a flecha ser lançada na dieção da criatura. Pensei em como seria ótimo se acertasse seu pescoço, que já estava fragilizado, mas não posso ser ganancioso, contanto que acerte, estou satisfeito.

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Talvez eu não estivesse tão calmo quanto achava que estava... eu acreditava estar bem, então por que meu corpo não me obedecia? Perdi uma flecha... o que eu faço?! Estou longe demais para usar minha espada, mesmo que a criatura esteja distraída, e agora eu só tenho uma única flecha sobrando... devo utilizá-la? Mesmo que eu possa errar de novo... Que droga! Era verdade, eu estava assutado, frustrado e me sentindo impotente. Eu queria fugir, mas mesmo que a criatura estivesse a uma distância considerável de mim, ela poderia facilmente me alcançar...

"Se acalme, pequeno Shi..." — uma voz ecoou em minha cabeça. Era uma voz bem familiar, da pessoa que ensinou a mim tudo que sei. A única pessoa importante na minha vida neste momento, era a voz de meu avô. Quando eu sofria pela culpa e acordava espantado devido aos meus pesadê-los, só ele era capaz de me acalmar. Mas recentemente, a velhice tinha começado a afetá-lo... foi por isso que decidi que eu tinha que mudar.

"Isso não acabou ainda..." — era a minha chance, me posicionava para atirar, enquanto recitava os ensinamentos de meu avô "Posicione-se perpendicularmente ao alvo... desenhe uma linha imaginária entre você e aonde quer atirar. Seu olho dominante é o esquerdo, então segure o arco com o direito, apontando o ombro direito para o alvo e manejando a flecha e a corda do arco com a mão esquerda" — fiquei reto, mantendo os pés afastados na altura dos ombros e a coluna reta, formando uma espécie de T com meus braços e meu tronco. "Incline o arco para baixo quando colocar a flecha, a segurando com três dedos abaixo dela". Meus olhos encaravam a criatura, mirando sua cabeça. Mas... eu estava com medo, medo de errar, de desperdiçar minha última flecha. Medo de morrer, e nunca em minha vida conseguir dizer que 'estou feliz em estar vivo'.

"Mas o mais importante é..." — o ouvi novamente em minha mente — "Você esquece o tiro anterior e se concentra no próximo tiro como se ele fosse o único tiro que você vai dar". Aliviando a força dos dedos na corda, a flecha voa para acertar meu alvo.

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"Obrigado, vovô..." —  da forma que eu estou falando, se houvesse alguém escutando, poderia até entender que ele faleceu, mas felizmente não era o caso. Certo, eu o acertei, mas isso não significa que a vitória seja minha, muito pelo contrário, o risco ainda é grande. Andei 5 metros em direção à criatura, e ficaria de prontidão para atacá-la, caso chegasse mais próxima a mim, provavelmente buscando me acertar também.

Como alvo, buscaria acertar o pescoço, que já estava machucado ou o braço que já estava cortado pela metade, pois assim provavelmente eu exigiria menos de minha lâmina levemente rachada. Preferencialmente o pescoço, mas caso não estivesse acessível a mim, decepar de vez o braço esquerdo teria de servir. No momento em que entrasse em uma distância acesível a mim, faria o ataque, cortando pelo mesmo buraco do corte anterior ou próximo a ele. Claro, eu poderia ser atingido antes mesmo de sequer conseguir atacar, mas estava disposto a correr esse risco.

Apenas se na ocasião de a criatura não se aproximar de mim, me atacando à distância, como golpeá-la não seria possível, tentaria esquivar.

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Eu estava sentindo raiva. Entretanto, alguém que me observasse externamente não poderia notar, já que minha cara era a mesma. Então eu tive uma ideia infeliz... eu poderia andar alguns metros me distanciando um pouco mais do monstro para sair do alcance dele e então chutar uma árvore, a deixando nervoso, o forçando a vir me atacar. Não era um plano ruim, mas... quem sequer ganharia com isso? Não é como se a criatura fosse maligna, ela estava apenas querendo proteger essa floresta. Fora que eu só correria mais riscos continuando nesse combate, e por isso me decidi... "Vou tentar fugir novamente".

Era óbvio, eu não era o único irritado, afinal, tentei cortar sua 'folha pélvica' e ainda machuquei uma árvore com uma de minhas flechas, então... pode-se dizer que eu estava um pouco empático, buscando compreender os sentimentos do monstro inimigo... eu acho. Mas o que sequer eu faria depois de correr? Sou mais lento que a criatura mesmo, então é questão de tempo até que me alcance. Eu posso tentar algo que eu estava evitando até o momento... e se eu tentar me esconder? Iria sair em disparada na direção oposta do espírito da floresta e olharia em volta em busca de uma área da floresta que fosse densa, com bastante mato e plantas, de modo a ter uma variedade maior de lugares para usar como esconderijo, e logo, ser mais difícil de me encontrar.

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